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Gigante Farmacêutico Indiano Cria Fábrica no Uganda


Uma companhia farmacêutica indiana abriu uma fábrica no Uganda paras produzir medicamentos genéricos para combater o HIV-SIDA, numa iniciativa que está a ser elogiada pelas autoridades locais como sendo um passo crucial para combater aquela pandemia na África Oriental.

O gigante farmacêutico Cipla, uma das principais empresas mundiais fabricantes de medicamentos genéricos, tem uma parceria com a empresa local Quality Chemicals para fabricar medicamentos para a SIDA e para a malária.

Esta iniciativa faz parte de um plano mais vasto no continente africano para produzir versões genéricas nacionais de medicamentos caros criados por laboratórios internacionais.

As autoridades ugandesas afirmam que menos de metade da população do país que necessitam de remédio têm acesso a eles.

Um porta-voz do Ministério ugandês da Saúde, o dr. Sam Okware, afirma que a presença da fábrica irá permitir ao governo ajudar mais pessoas que necessitam de ser submetidas a um tratamento retroviral. O governo não terá que gastar dinheiro para importar medicamentos e não estará nunca perante a iminência de ver os seus “stocks” esgotados: “Na realidade, há muito que era necessário ter acesso as estes medicamentos genéricos. Este é o epicentro do HIV-SIDA, este é o epicentro da África Oriental e Central, portanto é uma iniciativa benvinda. Enquanto país, estamos muito satisfeitos. Espero que a qualidade de vida das pessoas com HIV-SIDA melhore e espero agora que o governo tenha capacidade para comprar mais medicamentos, agora que os medicamentos estão disponíveis localmente.”

O Uganda tem sido um dos raros exemplos de êxito no combate à SIDA em África, reduzindo a taxa de infecção de cerca de 15 por cento nos anos 80 para cinco por cento em 2001. Mas, estatísticas recentes sugerem que a prevalência do HIV-SIDA está de novo a aumentar no Uganda.

Os produtores de medicamentos genéricos têm tido recentemente problemas em manter-se a par com as últimas inovações devido às novas leis que regulamentam as patentes na Índia e que tornam mais difícil copiar os medicamentos mais recentes.

Okware afirma que as novas instalações terão que fazer face ao desafio de se manterem a par com os novos medicamentos colocados no mercado. Nos próximos meses, aquela fábrica deverá começar a produzir remédios para a SIDA e para a malária. Diz Okaware: “O único receio que temos é o de que, à medida que avançarmos, irá haver novos medicamentos e é importante que as novas descobertas seja integradas nos remédios agora existentes. Toda a ciência do HIV-SIDA, especialmente os medicamentos, está a evoluir permanentemente. Por isso necessitamos de evoluir e esperamos que eles sejam capazes de incorporar os novos remédios no seu plano actual”.

O presidente ugandês, Yoweri Museveni, tem criticado abertamente algumas companhias farmacêuticas e tem exigido para que vendam os seus produtos a um preço mais baixo. O cidadão ugandês ganha, em média, cerca de dois dólares por dia, demasiado pouco para poder pagar na totalidade um tratamento anti-retroviral.

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