Trata-se de um dossier nada fácil, partindo-se do facto das antigas companhias portuguesas responsáveis pelo recrutamento dos contratados terem deixado de existir e da abordagem do problema suscitar, em certa medida , um ajuste de contas com um passado colonial.
Para nos ajudar a compreender a problemática, convidamos Onésimo Silveira, ex-funcionário das Nações Unidas, ex-autarca e, até há bem pouco tempo, embaixador de Cabo Verde em Portugal. Silveira tem, igualmente, uma longa vivência em São Tomé e Príncipe, país onde trabalhou na década de 50 como funcionário da administração colonial portuguesa e, por conseguinte, conhecedor da realidade dos antigos contratados cabo-verdianos em São Tomé e Príncipe.