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Formato e Objectivos Do Encontro


Funcionários da administração Bush tem sido vagos acerca do formato e objectivos precisos do encontro sobre o problema israelo-palestiniano a ser convocado no final do ano pela secretaria de Estado Condoleezza Rice.

Mas os ministros árabes reunidos com Rice e Gates disseram que queriam que a conferencia produzisse claros progresso em direcção a uma solução de dois estados do conflito do Médio Oriente, apesar da fractura nas fileiras palestinianas que deixaram a Faixa de Gaza sob o controlo do militante movimento islâmico Hamas.

A secretaria de Estado e o secretario da Defesa, numa missão conjunta não habitual, encontraram-se com altos funcionários do Egipto, Jordânia e dos seis países membros do Conselho de Cooperação do Golfo para conversações que esperam venha a gerar mais apoio árabe sunita ao governo de coligação do Iraque liderado por xiitas.

Mas falando em nome dos seus colegas árabes numa conferencia de imprensa conjunta com Condoleezza Rice, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egipto, Ahmed Abdoul-Gheit, pressionou o assunto palestiniano, afirmando que gostaria de ver uma agenda elaborada para o encontro patrocinado pelos Estados Unidos, dando ímpeto ao estabelecimento de um estado palestiniano num futuro muito próximo.

“Penso que o que é necessário é acelerar movimentações de modo a alcançar-se o horizonte desse estado e um acordo entre o governo israelita e a autoridade palestiniana sobre essa matéria. Esse acordo seria apresentado ao povo palestiniano. Se esperarmos, penso que iria haver um impacto negativo sobre a forma geral de lidar com o assunto palestiniano.”

A secretaria Rice disse tencionar visitar a região frequentemente nos próximos meses para criar as fundações necessárias para que o encontro produza progressos. Mas acrescentou que uma conferencia internacional não pode ser o substituto do dialogo entre as duas partes, que espera estimular nas conversações com lideres israelitas e palestinianos esta semana em Jerusalém e Ramallah na Margem Ocidental.

“A razão para haver uma conferencia internacional prende-se com o avanço dos progressos das duas partes rumo a uma solução de dois estados. Ninguém deve discutir ou negociar em lugar das duas partes. Isso é que algo que as duas partes tem de fazer. Mas poderá haver esforços internacionais para apoiar diplomaticamente, o que as duas partes estão a fazer”.

As conversações dos ministros árabes com Rice e Gates cobriram também os planos de Washington, anunciados na segunda-feira, de aumentar a ajuda militar americana a Israel, Egipto e países do Golfo Árabe, em parte para ajudá-los a lidar com uma postura mais agressiva do Irão na região.

O chefe da diplomacia egípcia afirmou ter ficado espantado com a resposta critica do Irão ao anuncio da ajuda militar americana, dado que essa ajuda ao Egipto e países do Golfo têm mais de duas décadas de existência.

O subsecretário de Estado para os Assuntos Políticos, Nicholas Burns, vai a região do Golfo em meados de Agosto para discutir pormenores do pacote de ajuda militar a Arábia Saudita e outros estados do Golfo que poderá ultrapassar os 20 mil milhões de dólares.

Para preservar o equilíbrio militar regional, a administração Bush vai aumentar a ajuda militar anual a Israel em 25 por cento, passando para os três mil milhões de dólares por ano, durante um período de 10 anos. Todas as promessas de ajuda requerem a aprovação do Congresso dos Estados Unidos.

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