Links de Acesso

Bush Sublinha Ligação Al Qaida-Iraque


O presidente Bush voltou a sublinhar a ligação entre a Al Qaida e o Iraque, numa altura em que procura angariar apoio para a sua política de guerra. Bush afirma que os terroristas no Iraque constituem uma ameaça directa à segurança dos EUA, pelo que devem ser derrotados.

George W. Bush está a tentar provar que a Al Qaida no Iraque não é uma entidade separada, mas que faz parte de uma rede terrorista liderada por Osama Bin Laden.

Num discurso que proferiu perante militares em Charleston, no Estado da Carolina do Sul, Bush citou informações secretas recentemente divulgadas sobre o principal homem da Al Qaida no Iraque. Disse ele que esses elementos são, na sua maioria, estrangeiros com fortes ligações à organização de Bin Laden: “A Al Qaida no Iraque é um grupo fundado por terroristas estrangeiros, maioritariamente liderado por terroristas estrangeiros e leais a um líder terrorista estrangeiro: Osama Bin Laden”.

O presidente americano respondeu aos seus críticos que reivindicam que os terroristas estão activos no Iraque em resultado da invasão de 2003 liderada pelos EUA, para derrubar Saddan Hussein. Disse Bush que a Al Qaida atacou os EUA no dia 11 de Setembro de 2001, muito antes dos EUA terem começado as suas operações militares no Iraque: “A nossa acção para afastar Saddam Hussein não desencadeou a violência terrorista. Uma retirada americana do Iraque não iria pôr termo ao terrorismo. Os terroristas da Al Qaida agora a desencadear atentados suicidas no Iraque são extremistas dedicados que têm como objectivo das suas vidas matar pessoas inocentes.”

O presidente Bush disse ainda que uma retirada americana do Iraque iria agravar a violência e iria fornecer à Al Qaida uma nova base de operações para lançar ataques contra os EUA:“A A Qaida está no Iraque. E está lá por uma razão. Se cedessemos o futuro do Iraque à Al Qaida seria um desastre para o nosso país.”

Uma vez mais, Bush exortou o Congresso dos EUA e o povo americano a dar à sua política mais tempo para que dê frutos. E exortou os congressistas mais cépticos a darem o dinheiro necessário para financiar a continuação das operações militares:“Em nome da segurança dos nossos cidadãos e para a paz no mundo devemos dar ao comandante das tropas americanos no Iraque, o general David Patraeus e às suas tropas o tempo e os recursos de que necessitam para que possam derrotar a Al Qaida no Iraque.”

No Capitólio, destacados democratas responderam aos comentários feitos pelo presidente Bush. O senador John Kerry disse que o presidente apresentou um raciocínio falso para continuar a guerra: “O facto que continua imutável é que a única forma em que os iraquianos irão lutar é apenas se nós tornarmos claro que iremos retirar as nossas tropas a partir de uma determinada data, com a excepção daquelas necessárias para dar caça à Al Qaida, para completar o treino das tropas iraquianas e daquelas necessárias para proteger as forças americanas”.

Entretanto, uma nova sondagem mostra uma grande insatisfação do público americano com a forma como o presidente Bush e os democratas no Congresso estão a encarar a situação no Iraque.

Uma sondagem conjunta realizada pelo Washington Post e pela ABC News indica que 68 por cento dos americanos desaprovam a política do presidente Bush para o Iraque. Sessenta e três por cento dos inquiridos manifestaram também o seu desagrado face ao modo como os democratas têm orientado a sua política em relação ao Iraque.
XS
SM
MD
LG