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Tony Blair Despede-se de África


O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, exortou os governos africanos a responsabilizarem o Zimbabwe e para o fazerem urgentemente. Blair falava em Joanesburgo, no termo da sua digressão de despedida pelo continente africano.

Blair disse que décadas de repressão do regime de Mugabe forçaram mais de um terço dos zimbabweanos a abandonar o seu país e procurar oportunidades de vida noutros lados. Embora expressando apoio aos esforços do presidente Thabo Mbeki, da África do Sul, no que toca ao Zimbabwe, recordou ao seu anfitrião de que o tempo se está a esgotar rapidamente: “Agora saúdo a determinação dos países da África Austral em fazer face aos problemas do Zimbabwe através da SADEC, bem como a liderança do presidente Mebeki para unir a liderança dos dois países. O mundo está à espera, à espera de se relacionar com um Zimbabwe que tenha um governo reformista. Por isso, apoiamos os esforços da SADC para criar um roteiro claro, mas para o povo do Zimbabwe isto é urgente e a mudança antes das eleições de 2008 é essencial.”

Blair teve palavras duras para com o presidente sudanês, Omar el-Bashir, relativamente à crise de Darfur, onde 200 mil pessoas foram mortas e milhões de indivíduos depende agora de ajuda alimentar: “Estou em crer que é errada a intenção do presidente Bashir em bombardear para encontrar uma solução. Ele está determinado em obstruir qualquer esforço feito para reforçar a capacidade da União Africana em melhor a segurança e a estabilidade”.

Sob a liderança de Blair, o seu governo alargou os seus programa em África e o primeiro-ministro britânico tem excelentes relações com muitos líderes africanos. Blair exortou outros governos ocidentais a fazerem mais em prol de África, adiantando que passou o tempo para que a política internacional seja definida por mesquinhos interesses nacionais.

Disse Blair: “Estou em crer que, hoje em dia, o nosso interesse é, em parte, substancialmente definido pelo bem estar dos outros. A consequência da globalização é que a nossa melhor oportunidade de segurança e prosperidade depende do avanço da liberdade e oportunidade e de justiça para todos. Consequentemente, onde houver opressão, pobreza e injustiça não é apenas um dever, mas, no nosso melhor interesse, fazermos o que pudermos para fazer a mudança para melhor. E eu creio que não há outro local onde isso seja tão claro como é em África”.

Mas, Blair disse que os países africanos têm que responder e cumprir os seus compromissos para fortalecer as suas democracias, proporcionar serviços essenciais ao povo e trabalhar duramente para erradicar a corrupção.

Depois do seu discurso, Tony Blair reuniu-se com Nelson Mandela, que recebeu calorosamente o líder britânico, descrevendo-o com um verdadeiro amigo da África.

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