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Democratas Querem Data para Retirada Militar do Iraque


Líderes do Congresso dos EUA, controlado pela oposição, prometem fazer aprovar nova legislação para financiar as guerras no Afeganistão e no Iraque, antes das férias parlamentares da semana que vem. Mas os democratas continuam em desacordo com a Casa Branca se devem especificar a data da futura retirada das tropas americanas do Iraque.

Há semanas atrás, o presidente Bush vetou uma lei aprovando as despesas da guerra e que especificava o objectivo da retirada da maior parte das tropas americanas do Iraque. Com o Congresso a preparar-se para encerrar os trabalho e ir para férias e com o Pentágono advertindo para graves as consequências da falta de fundos para pagar a guerra, a pressão aumenta para que a lei seja aprovada.

A líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, falou sobre o assunto, numa entrevista à rede de televisão “ABC”: “Uma coisa é certa: na altura em que formos honrar a memória daqueles que deram as suas vidas, no dia 27 de Maio, teremos a legislação pronta”.

Sinais recentes de compromisso entre democratas e republicanos incluem declarações feitas pelo presidente Bush de que estaria aberto ao estabelecimento de metas a atingir para o governo iraquiano. Os líderes democratas no Congresso parecem ter abandonado a imposição de prazos absolutos para a retirada das tropas, um dos aspectos centrais da lei que financia a guerra e que Bush vetou.

Mas, permanece um impasse. O senador democrata pelo Estado do Michigan, Carl Levin, está a exortar a criação de uma lei que estabeleça uma data para a retirada, mas por forma a que o presidente poderia ignorar. A Casa Branca insiste que qualquer lei que contenha uma data limite, com ou sem a possibilidade do presidente a ignorar, é inaceitável. O senador Levin expressou a sua frustração durante uma entrevista à rede de televisão CNN: “O presidente, aparentemente, na sexta-feira, disse aos líderes democratas que não irá assinar uma lei, mesmo que essa contenha uma data que poderá ser alterada à sua descrição. Penso que se trata de uma posição insustentável.”

O líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnel, tem um ponto de vista diferente: ”Com a possibilidade de ser alterada ou não, nós não queremos ter uma data de retirada, uma da de rendição, porque envia uma mensagem errada aos nossos aliados, envia uma mensagem errada aos iraquianos, envia uma mensagem errada às tropas”.

Em vez disso, McConnell sugere que os democratas adoptem uma proposta avançada por um influente republicano, ao abrigo da qual se estabelecem metas para o governo iraquiano cumprir em termos de governação e segurança, sugerindo penalidades na ajuda americana, se essas metas não forem atingidas. Muitos democratas concordam com os estabelecimentos de metas, mas afirmam que estas não vão suficientemente longe para gerar uma mudança na missão americana no Iraque.

A líder democrata, Nancy Pelosi, disse qu pode ser encontrado um compromisso, mas reconhece que há dificuldades que persistem: “É difícil. Sobre isso não há dúvidas. Creio que temos a obrigação perante o povo americano de tentar encontrar um meio termo. Mas, se o presidente diz: eu quero um cheque em branco para uma guerra sem fim, nós, os democratas, temos que nos opôr a isso”.

Em declarações feitas à rede de TV Fox News, o senador republicano Lindsey Graham afirmou que o tempo se está a esgotar para financiar as tropas: “Eles precisam do dinheiro e o dinheiro está a acabar. Temos que dar às tropas o dinheiro sem garantir a sua derrota.”

Ainda que o presidente tenha uma autoridade alargada sobre as tropas que estão a ser usadas, apenas o Congresso pode financiar as Forças Armadas.

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