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Mais Apoio para Pacientes com HIV em África


A empresa alemã “Siemens” assinou um acordo com uma organização católica para reduzir os preços das análises laboratoriais para os pacientes com HIV em África. Estes testes destinam-se a verificar se os pacientes com o HIV se estarão a tornar resistentes aos medicamentos que lhes são ministrados.

O acordo entre a comunidade católica de Santo Egídio e um departamento médico da “Siemens” foi assinado no fim de uma conferência internacional de cinco dias do projecto intitulado Sonho: “Vida Longa para África: Combater a SIDA e a Malnutrição”.

Os ministros da Saúde e representantes de mais de vinte nações africanas, grupos de apoio aos doentes da SIDA e políticos participaram naquela conferência e foram, posteriormente, recebidospelo presidente italiano Giorgio Napolitano.

Os debates centraram-se no combate à SIDA por parte dos Estados em África e da necessidade de se fazer mais. Os peritos afirmam que o acordo assinado na quinta-feira é um passo dado na direcção certa. No valor de um milhão de euros por um período de três anos, o acordo destina-se a baixar em 35 por cento os custos dos testes laboratoriais para combater a resistência do HIV aos medicamentos.

Laura Apitz, da “Siemens”, explica a importância daqueles testes, afirmando que “o acordo que foi assinado vai fornecer equipamentos laboratoriais e reagentes para avaliar a resistência do HIV aos medicamentos. Para os pacientes –adianta - o teste à resistência é necessário para termos a certeza que estamos a escolher a terapia certa e para evitar que a resistência aos medicamentos se passe de paciente para paciente.”

Peritos afirmam que, até ao ano 2002, a atenção no continente africano estava centrada na prevenção da SIDA.

Mas, Mário Marazziti, porta-voz da Comunidade de Santo Egídio, afirma que os testes laboratoriais mudam esse foco. E adiantou que as análises são agora consideradas necessárias para os pacientes infectados com o HIV, antes e durante o tratamento.

Marazziti afirma que, para que os tratamentos da SIDA sejam eficazes, não se podem limitar à distribuição dos medicamentos, mas tem que se controlar constantemente para ver como é que estes medicamentos estão a reagir no corpo humano.

Em África, dois milhões de pessoas estão a tomar medicamentos para a SIDA como parte do projecto “Sonho”. Já existem doze laboratórios em oito diferentes países africanos.

Marazziti afirma que o controlo que passará a ser feito irá melhorar os já extraordinários resultados obtidos pelo projecto “Sonho”. Onde este projecto foi implantado, 98 por cento das crianças de mães sero-positivas estão agora a nascer saudáveis e 90 por cento dos adultos estão a viver as suas vidas com melhor qualidade.

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