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Timor Leste: Campanha Eleitoral Bastante Calma


Timor Leste estava calma na véspera da segunda volta das eleições presidenciais que ira opor um vencedor do Prémio Nobel da Paz (José Ramos Horta) a um antigo guerrilheiro independentista (Francisco “Lu’Olo” Guterres).

Após um ano de agitação política e violência, Timor Leste estava calma hoje, um dia antes dos timorenses elegerem um novo presidente.

A campanha eleitoral, que se seguiu a primeira volta das eleições no mês passado, foi pacifica, aumentando as esperanças para uma estabilidade no futuro.

Steven Weigensail, que trabalha na Missão das Nações Unidas em Timor Leste, afirmou ter havido pouca violência durante a campanha eleitoral.

“Foi uma campanha eleitoral bastante calma. Não houve grandes incidentes, apenas alguns de pequena monta aqui e acolá, mas de um modo geral foi uma campanha eleitoral muito pacifica e calma”.

O primeiro-ministro José Ramos Horta, vencedor do Prémio Nobel da Paz, concorre na segunda volta contra Francisco “Lu’Olo” Guterres, um antigo guerrilheiro da FRETILIN e líder do Parlamento.

Na primeira volta das presidenciais, nenhum dos oito candidatos conseguiu obter a maioria de 50 por cento dos votos mais um para ser eleito, sendo, portanto necessário uma segunda volta entre os dois candidatos mais votados.

Analistas dizem que Ramos Horta é o favorito, contando com o apoio da influente Igreja Católica e o suporte de cinco dos candidatos derrotados na primeira volta.

Jacob Callar, professor de uma universidade em Dili, afirmou que quem quer que ganhe o cargo largamente cerimonial de Presidente da Republica deve tomar medidas para acabar com a violência no país e criar postos de trabalho. Metade dos leste timorenses estão desempregados.

“Quem quer que se torne presidente, a primeira coisa que tem de fazer é olhar pelas pessoas, dar-lhes segurança e garantir uma boa qualidade de vida. Muitas pessoas estão ainda em campos de refugiados. A segunda coisa é corrigir a situação económica para que as pessoas de fora possam investir em Timor Leste e criar postos de trabalho”.

Timor Leste resvalou para o caos há um ano depois do governo ter desmobilizado quase metade das forças armadas, causando confrontos de rua entre os desmobilizados e as forças de segurança.

Dois terços dos residentes de Dili fugiram para campos de refugiados, onde ainda permanecem dezenas de milhar.

A ordem foi restaurada sómente depois do governo ter requisitado uma força internacional de manutenção da paz que ainda permanece no país.

Timor Leste, uma antiga colónia portuguesa, que votou pela independência em 1999 após 24 anos de ocupação Indonésia, esteve depois três anos sob mandato das Nações Unidas e tornou-se independente em 2002.

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