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No Zimbabwe Reduzido Apoio a Uma Greve


No Zimbabwe foi reduzido o apoio ao primeiro de dois dias de uma greve nacional. A paralisação ocorre na altura em que dirigentes regionais procuram mediar a crise no Zimbabwe.

As agencias de noticias do Zimbabwe sustentam que a adesão laboral nas fabricas foi baixa, tendo a maioria das lojas e dos escritórios aberto como normal. Os transportes públicos e os escritórios governamentais funcionaram em pleno.

O presidente do Congresso dos Sindicatos do Zimbabwe, Lovemore Mutombo, apesar de tudo manifestou satisfação pelo apoio à greve.

'Podemos dizer que 90 por cento da industria encerrou e que no centro da cidade quase todas as lojas estão abertas.'

Segundo Mutombo as forças de segurança obrigaram as pessoas a deslocar-se para o centro da cidade e ordenaram aos lojistas para abrirem os estabelecimentos ou arriscarem-se a perder as respectivas licenças.

Alguns trabalhadores indicaram recear perderem os postos, ou não serem pagos se não se apresentassem nos locais de trabalho.

O governo do Zimbabwe sustentou que a greve era ilegal.

Os sindicatos convocaram a paralisação para pressionar um aumento dos salários que tem perdido o poder de compra face ao índice de inflação que atinge a taxa anual de mil e setecentos por cento.

Mutombo sublinhou que a greve constitui apenas o principio.

'O conselho geral do Congresso dos Sindicatos decidiu que de três em três meses vamos continuar com as acções de greve ate que os problemas sejam resolvidos.'

Um elevado índice de desemprego, escassez de alimentos e de bens essenciais, e o aumento da inflação provocam tensões no país.

Estas tensões tem sido aumentadas com a repressão governamental contra políticos da oposição e dirigentes cívicos dezenas dos quais foram detidos e espancados.

Dirigentes das 14 nações do sul do continente africano debateram a situação no Zimbabwe a semana passada numa cimeira especial tendo solicitado ao presidente sul africano, Thabo Mbeki para realizar conversações entre o governo e a oposição.

Mbeki, numa entrevista ao Financial Times afirmou esperar que as partes acordem em medidas para assegurar a realização no próximo ano de eleições livres e honestas, tendo rejeitado uma mudança pela força no Zimbabwe.

O dirigente da oposição, Morgan Tsvangirai indicou tencionar boicotar a eleição a menos que seja livre e honesta, tendo afirmado aos jornalistas que os dirigentes do sul do continente africano demonstraram a semana passada que a crise no Zimbabwe necessita de atenção.

'Tenho esperança. O facto que o presidente sul africano Thabo Mbeki tenha recebido um novo mandato com o apoio da região constitui um passo positivo. Tenho esperança que possamos resolver a questão com a sua liderança.'

Tsvangirai insistiu que Mbeki inicie em breve a sua missão, sublinhando ser necessária uma actuação rápida para criar as condições adequadas para um sufrágio livre e honesto.

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