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Aumentar Sanções Contra o Irão


A África do Sul solicitou ao conselho de segurança das Nações Unidas para reabrir as negociações sobre uma proposta de resolução aumentando as sanções contra o Irão pelo seu programa nuclear.

A proposta de resolução foi acordada entre os cinco membros permanentes do Conselho e o pedido da África do Sul pode vir a protelar a adopção da mesma.

O embaixador sul africano junto da ONU, Dumisani Kumalo, apresentou uma serie de propostas destinadas a minorar as sanções contra o Irão contidas na proposta apresentada pelo membros permanentes e acordada após semanas de intensas negociações.

A proposta adoptada, a semana passada, pelos cinco países mais a Alemanha vai aumentar as penalidades contidas na resolução aprovada em Dezembro passado, após o Irão ter desafiado a exigência do Conselho para por termo ao enriquecimento de urânio.

As novas sanções incluem a proibição de exportação de armas por parte do Irão, e ampliam a lista das individualidades e entidades abrangidas pelo congelamento de bens e restrições de viagem.

Uma copia das propostas sul africanas obtida pela Voz da América indicam pretender eliminar nomes de varias empresas e de individualidades incluídas na lista. Entre os nomes a ser retirados encontra-se o do Banco iraniano Sepah, bem como varias companhias da industria de defesa controladas pelos Guardas Revolucionários.

Prevê igualmente o que denomina de período de 90 dias, durante o qual as sanções seriam suspensas no caso do Irão suspender o enriquecimento de urânio.

O embaixador Kumalo, defendeu o período de 90 dias, referindo ter sido proposto inicialmente pelo director da Agencia Internacional de Energia Atómica, ELBaradei.

‘Quando lermos a resolução desejamos assegurar que a Agencia de Energia tenha um papel a desempenhar. Esta pausa de 90 dias não é uma invenção da África do Sul.’

Representantes dos membros permanentes do Conselho de Segurança reagiram com frieza à proposta da África do Sul.

O embaixador britânico Jones Perry classificou as propostas de não serem ajuda, e representante francês Jean-Marc de La Sabliere sugeriu estarem contra o objectivo global de aumento gradual da pressão sobre Teerão.

‘Já vi as emendas da África do Sul. Não penso que sejam consistentes com a perspectiva seguida pelo Conselho de Segurança.’

Uma oposição por parte dos países, que tem direito de veto, parece indicar uma quase certa rejeição das propostas sul africanas. Poderá, no entanto, atrasar a aprovação das sanções, já que a África do Sul detém a presidência do Conselho durante o corrente mês de Março.

O embaixador Kumalo sugeriu que as propostas de emenda constituem essencialmente uma forma de protesto por parte dos 10 membros eleitos do Conselho, que manifestaram irritação por terem sido postos a margem das negociações.

‘Solicitamos que sejam abandonadas algumas coisas, exactamente aquilo que acontece com qualquer resolução que seja apresentada. Temos o direito de sugerir. Por que será que desejam que esta resolução seja tratada como tendo sido redigida por Deus, ou contenha sabedoria divina?’

Ainda não foi marcada qualquer data para a votação, mas o Conselho de Segurança vai efectuar discussões esta terça feira, e amanhã.

O presidente iraniano já notificou o Conselho de planear estar presente na sala do Conselho no dia da votação, e de exercer o direito de intervenção.

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