No Uganda, os juízes iniciaram uma greve de uma semana para protestar contra o que descrevem como ataques à sua segurança e independência.
A greve segue-se a um incidente, na última quinta-feira, quando a polícia entrou no Tribunal de Campala, e voltou a prender seis apoiantes da oposição, os quais tinham acabado de ser libertados mediante pagamento de caução.
Os seis tinham sido acusados de preparar uma rebelião juntamente com o líder da oposição, Kizza Besigye.
Entretanto, pelo menos mil tropas ugandesas estão prestes a chegar à vizinha Somália, como parte de uma força de paz mandatada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas, com o objectivo de estabilizar aquele contrubado país.
O porta-voz do exército ugandês, o major Felix Kulaigye confirmou à Voz da América que um dos comandantes da força de paz da Unidade Africana é um ugandês que se encontra já na Somália. Mas, acrescentou não serem verdadeiras as notícias de que já haja tropas ugandesas naquele país volátil: “Como disse os nossos rapazes ainda não estão lá. E não tenho razões para os esconder, porque vamos por uma causa nobre.” Palavras do porta-voz do exército ugandês, o qual deu a entender que os soldados ugandeses poderão chegar nas próximas semanas.
O Uganda foi o primeiro país a oferecer tropas para a força da UA, que deverá totalizar oito mil homens.
A força de paz irá substituir os soldados etíopes que ajudaram o governo de transição somáli a epulsar o movimento islàmico rival em Dezembro. Desde então, Mogadíscio tem sio palco de ataques quase diários dos insurrectos, com os civis a serem as vítimas da maior parte da violência.
O porta-voz dos causídicos diz que aqueles sentem que a santidade da independência do poder judicial ficou comprometida, com a acção policial -- a segunda do género no espaço de um ano.
Amama Mbabazi, o ministro ugandês da Segurança, disse à VOA que a greve dos juízes era despropositada, pois estes têm a obrigação de servir o Uganda, quaisquer que sejam as suas reclamações.