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O PAM Vai Ajudar Vítimas das Cheias no Burundi


O Programa Alimentar Mundial, o PAM, e sete organizações não-governamentais emitiram um apelo conjunto para angariar mais de 130 milhões de dólares destinados a apoiar dois milhões de vítimas das cheias no Burundi, até ao fim de Junho.

A porta-voz do PAM, Christiane Berthiaume, afirma que esta é uma ocasião particularmente má para esta catátrofe no Burundi, país que está ainda a recuperar de uma guerra civil que durou 13 anos e que resultou na morte de cerca de 300 mil pessoas, tendo desalojado mais de um milhão de burundeses.

Christiane afirma que o governo do Burundi é frágil e que está mergulhado em problemas resultantes da situação de emergência com que se confronta actualmente, o que pode destabilizar o processo de paz.

Adiantou a porta-voz do PAM que a sua organização necessita de imediato de 12 milhões de dólares do total de 132 milhões para poder começar a distribuir alimentos pelas vítimas das cheias: “Nós estamos realmente preocupados com a situação no Burundi. Estamos perante maus sinais de uma possível crise alimentar, se não actuarmos rapidamente. Apelamos para um montante em dinheiro junto dos nossos parceiros, as organizações não-governamentais porque necessitamos desse dinheiro rapidamente. Leva alguns meses para transportar comida para o Burundi”.

O Burundi é um país interior com más estradas. A comida tem que ser trazida de para outros países e depois levada de camião para o Burundi. Uma tarefa que, diz Berthiaume, não é fácil.

Continua ainda a chover muito no Burundi e a porta-voz do PAM afirma que as populações locais estão a viver em condições difíceis e muitos deles apenas têm acesso a uma refeição por dia e outros apenas comem dia sim dia não. Diz Berthiaume: “De acordo com algumas avaliações que temos feito, há a probabilidade de que entre 50 a 80 por cento das colheitas, em algumas partes se tenham perdido totalmente devido às cheias. E a situação é desperada no Norte e na parte central do país.

O governo declarou uma situação de emergência em sete das 17 províncias do país”.A porta-voz do PAM afirma que, devido à falta de fundos, aquela organização e as ONG Care, foram forçadas a cortar em 25 por cento dos refugiados, os retornados e as crianças que beneficiam de um programa alimentar escolar.

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