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Republicanos Travam Resolução Contra Reforço Militar dos EUA no Iraque


Os republicanos usaram uma votação processual para bloquearem uma resolução não vinculativa que se opunha ao plano do presidente Bush de enviar mais tropas para o Iraque. Trata-se de uma derrota para aqueles que, no Senado, criticam a guerra no Iraque, mas que se manifestam empenhados em continuar os seus esforços para enviar uma forte mensagem bipartidária ao presidente para que este mude a sua política relativamente ao Iraque.

Quarenta e nove senadores votaram a favor e 47 contra o debate, menos dos que a maioria de 60 considerada necessária para abrir caminho para a aprovação daquela proposta de resolução.

A votação foi feita, largamente, seguindo a fidelidade partidária, naquela câmara do Congresso, controlada pelos democratas.

A resolução, patrocinada pelo senador , da Virgínia, o chefe de fila dos republicanos na Comissão dos Serviços Secretos, expressou desacordo em relação à decisão do presidente Bush de enviar 21 e quinhentos soldados adicionais para o Iraque.

O líder da maioria democrata, o senador Harry Reid, pelo Estado de Nevada, disse que os republicanos bloquearam a resolução impedindo-a de ser votada porque não queriam embaraçar o presidente. Disse Reid: “O que acabam de ver no Senado foi os republicanos a darem luz verde a Goerge Bush para fazer escalar o conflito no Iraque”.

Mas, o principal senador republicano no Senado, Mitch McConnel, pelos Estado do Kentucky, afirma ter votado para bloquear a resolução não porque queria evitar o debate daquela medida, mas porque queria protestar contra a decisão da liderança democrática de impedir que outras duas resoluções patrocinadas pelos republicanos sobre o Iraque fossem consideradas. Disse McConnel: “Não temos medo do debate. Estamos prontos para o travar. Estou ansioso em avançar, mas vamos insistir num tratamento justo”.

Uma das resoluções que o senador McConnel quer considerar iria sublinhar as responsabilidades do presidente enquanto comandante chefe à luz da Constituição. A outra iria expressar apoio ao plano de Bush de aumentar o número de tropas no Iraque e estabelecer padrões que o governo iraquiano teria que observar, após o envio das tropas.

Mas, McConnell torna claro que se opõe à resolução do senador Warner porque esta envia uma mensagem errada, um ponto que foi sublinhado pelo senador Joe Liberman, pelo Estado de Connecticut, que se considera ser um democrata independente: “É uma acção que receio irá desencorajar as nossas tropas, animar os nossos inimigos e mostrar a nossa falta de unidade”.

O líder da maioria, Harry Ried, expressou desapontamento pelo facto da resolução ter sido bloqueada, afirmando acreditar ter garantias que lhe foram dadas, na semana passada, pelo senador McConnell, de que os republicanos permitiriam que a resolução fosse votada. Reid prometeu que o Senado não irá abandonar o debate sobre o Iraque e adiantou que os senadores democratas irão reunir-se esta terça-feira para debater como irão proceder nos próximos dias e semanas.

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