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Assassinado Destacado Líder de Casamance


As autoridades senegalesas anunciaram que estão a investigar o assassinato de um destacado líder político da região de Casamance. Grupos separatistas daquela região têm vindo, há duas décadas, a bater-se em prol da independência.

Fontes oficiais senegalesas anunciaram que homens armados entraram de madrugada na residência de . Os atacantes terão, alegadamente, deitado fogo à casa, tendo cortado o pescoço de Badji, que era o presidente do Conselho Regional de Casamance.

Um porta-voz do exército senegalês, o coronel Antoine Wardini, afirma que as suas tropas chegaram ao local pouco depois.

Wardini afirma que os atacantes fugiram, mas testemunhas oculares referem terem visto vários homens à civil armados. As autoridades dizem desconhecer a identidade dos atacantes.

O grupo separatista armado, conhecido como Movimento das Forças Democráticas de Casamance, lançou uma luta em prol da independência daquela região, em 1982.

Rebeldes e governo assinaram um acordo de paz em 2004, mas conversações posteriores têm vindo a ser adiadas. Algumas das facções rebeldes entendem que o acordo de paz foi uma traição.

Reagindo às notícias da morte de Badji, divulgada pela rádio oficial, o presidente senegalês, Abdoulaye Wade, disse acreditar que opositores ao processo de paz estarão por detrás do assassinato. Badji era um destacado elemento do Partido Democrático Senegalês, liderado pelo presidente Wade.

Wade fez da paz em Casamance a sua principal promessa eleitoral, quando foi eleito, há sete anos atrás. Wade vai recandidatar-se ao cargo em eleições que irão ter lugar dentro de dois meses.

Confrontos entre forças senegalesas e rebeldes de Casamance, durante as últimas duas décadas, provocaram centenas de mortos e minas anti-pessoais colocadas em toda aquela região.

Nas últimas semanas, atiradores emboscaram uma coluna do exército senegalês que estava envolvida numa operação de desminagem, matando duas pessoas e ferindo 14.
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