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Bush Reúne-se com Maliki, Após Adiamento de 24 Horas


O presidente George W Bush e o primeiro-ministro iraquiano, Nouri al-Maliki devem reunir-se, nesta quinta-feira, na capital da Jordânia para debater a questão da violência sectária no Iraque e o que os EUA poderão fazer para ajudar a travá-la.

Responsáveis, na Casa Branca, afirmam que estas conversações vão concretizar-se na sequência de alguma confusão sobre o que aconteceu na quarta-feira.

Bush deveria ter-se reunido com o primeiro-ministro iraquiano e com o rei , da Jordânia, antes de um jantar marcado para o Palácio Real. Mas, fontes da Casa Branca afirmam que os líderes da Jordânia e do Iraque decidiram ultrapassar o formato de cimeira tripartida, na sequência das conversações que tinha mantido no dia anterior.

Em vez do encontro trilateral o presidente Bush reuniu-se privadamente com o rei Abdullah, tendo debatido o envolvimento da Síria no Líbano e a forma como a Jordânia e os EUA poderão fortalecer a Autoridade Palestiniana.

Responsáveis governamentais americanos afirmam que a mudança de planos não está relacionada com a divulgação de um memorando classificado da Casa Branca questionando a capacidade de liderança do actual primeiro-ministro iraquiano para pôr termo à presente vaga de violência sectária. Aquelas fontes adiantam que a alteração dos encontros não constituiu uma retaliação, e os repórteres terão oportunidade de verificar com os seus próprios olhos o relacionamento entre Bush e Maliki que irão participar numa conferência de imprensa depois do encontro que vão manter esta quinta-feira.

Estas conversações irão centrar-se na travagem da violência sectária, na transferência de maior responsabilidade para as autoridades iraquianas e fazer com que os países vizinhos apoiem o governo de Bagdade.

Tanto Bush como Maliki estão sob pressão da opinião pública dos respectivos países para estas conversações que irão decorrer num hotel de Aman.

No Iraque, entretanto, seis ministros e 30 deputados leais ao clérigo anti-americano Muqtada al-Sadr, decidiram, na quarta-feira, boicotar o parlamento e o governo, em sinal de protesto pelo encontro de Maliki com Bush.

Por seu lado, Bush está perante as críticas da oposição do Partido Democrático que controla, a partir de Janeiro, as duas câmaras do Congresso dos EUA. E os democratas querem o regresso a casa de grande parte dos 140 mil soldados americanos que se encontram estacionados no Iraque.

Bush defende que a retirada das tropas americanas é uma decisão que cabe aos militares e não aos políticos.
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