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O Sudão Corre o Risco de se Dividir


Em comentários feitos nas antenas do canal de televisão, France 2, o ministro dos negócios francês defendeu que uma força das Nações Unidas e de capacetes azuis da União Africana deveria ser enviado com urgência para estabilizar a fronteira entre a região sudanesa de Darfur, o Chade e a Republica Centro Africana.

Philipe Douste Blazy que recentemente regressou de uma viagem ao Egipto e ao Sudão, advertiu que o Sudão corre o risco de se dividir em duas partes e para a possibilidade do conflito sudanes se estender ao vizinho Chade e a Republica Centro Africana.

Ambos os países tem vindo a acusar Cartum de fomentar a instabilidade na fronteira comum com o Sudão.

As observações do ministro dos negócios estrangeiros coincidem por sinal, com o apelo lançado por duas organizações humanitárias em Paris, no sentido das partes em conflito em Darfur regressarem a mesa das conversações.

Caso assim não se proceda, realça Philipe Conraud, um especialista da questão sudanesa da organização, Acção Contra a Fome, haverá consequências desastrosas.

Conraud diz que o ultimo acordo de paz, assinado em Maio deste ano, não contribuiu para a melhoria da situação em Darfur. Pelo contrario, a situação acabou por se deteriorar, conclui aquele especialista para quem a violência recrudesceu e como resultado assiste-se a um aumento do numero dos deslocados.

Para este especialista da organização Acção Contra Fome, pouco importa se as forças de manutenção de paz sejam da União Africana ou das Nações Unidas. Muito mais importante e que a sua presença tenha o aval do governo de Cartum e dos rebeldes.

Recorde-se que Cartum tem repetidas vezes reiterado a sua oposição contra a presença de uma força de capacetes azuis sob mandato da ONU, em Darfur e recentemente num encontro entre o ministro dos negócios estrangeiros francês e o governador do Norte de Darfur, este acusou as potências ocidentais de estarem a semear a confusão na região.

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