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Relatório Sobre Corrupção em África Aponta o Dedo a Empresas Estrangeiras


A organização global de luta contra a corrupção, Transparência Internacional tornou público um relatório a nível mundial sobre a aceitação de suborno em dinheiro por parte de autoridades governamentais. Inquiridos em países africanos afirmam que as companhias francesas, italianas e indianas são mais susceptíveis de oferecer luvas para comprar influências e favores.

Este é o terceiro estudo levado a cabo pela Transparência Internacional numa tentativa de ter uma perspectiva a partir do lado daqueles que fornecem o suborno, daqueles que pagam a elementos de empresas, de departamentos governamentais e de outras entidades em todo o mundo, incluindo África.

Mais de onze mil homens de negócio em 125 países foram convidados a partilhar a sua opinião sobre como companhias com as suas sedes em 30 dos principais países exportadores levam a cabo as suas operações no estrangeiro.

No geral, as companhias indianas figuram no topo da lista daquelas que são mais susceptíveis em oferecer subornos nas suas operações no estrangeiro, seguida pela China, Rússia, Turquia e Taiwan.

Nos países africanos, as empresas francesas e italianas são vistas como as principais instigadoras de acções de suborno.

O director regional para África e para o Médio Oriente da Transparência Internacional, Casey Kelso, explica à VOA a importância da existência de um Index de Pagadores de Subornos, fornecendo uma visão global do que se passa: “Reúne as percepções dos homens de negócio locais questionando quem é que está a oferecer “luvas”. E, desta maneira, estamos a tentar corrigir esse desequilíbrio dizendo “sim” estamos a analisar o lado que fornece os subornos. E tudo indica que é a França, que é a Itália, que é a Rússia, que é a China. Estamos apenas a tentar identificar que paga os subornos, prejudicando os esforços de governos e de comerciantes locais de serem honesto e não corruptos”.

Kelso disse a jornalistas, na apresentação do relatório da Transparência Internacional, que as empresas raramente oferecem subornos ou seguem outras práticas corruptas nos países industrializados onde têm as suas sedes, mas não respeitam os padrões e a prática de anti-corrupção no estrangeiro.

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