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Os Ataques Extremistas no Leste do Afeganistão Triplicaram


O acordo, assinado há três semanas, foi apresentado como um grande passo nos esforços do Paquistão para reforçar a segurança ao longo da sua fronteira com o Afeganistão.

Mas oficiais do exército americano disseram que os ataques extremistas no leste do Afeganistão triplicaram desde que o acordo de paz foi assinado no dia cinco de Setembro.

O coronel Jon Paradis, um porta-voz do exército americano no Afeganistão, informou que a luta é particularmente forte junto à fronteira de voláteis áreas tribais da província paquistanesa do Vaziristão do Norte.

“Tem havido um aumento de actividade, ao longo da região fronteiriça, especialmente no sudeste do Vaziristão do Norte. Tem-se verificado, em alguns casos, o dobro e mesmo o triplo dos ataques”.

Ao abrigo do acordo, o governo paquistanês prometeu retirar a maior parte das suas tropas da região e, em troca, os lideres tribais concordaram em expulsar extremistas estrangeiros e ajudar a por fim às incursões fronteiriças.

Funcionários paquistaneses saudaram o acordo como um passo significativo em direcção à paz na volátil região.

Mas funcionários afegãos e peritos em segurança locais dizem que o acordo cede efectivamente o controlo das áreas tribais a religiosos extremistas, incluindo militantes pro-Taliban.

O presidente paquistanês Pervez Musharraf rejeitou essas preocupações na semana passada, ao defender o acordo durante uma conferencia de imprensa conjunta com o presidente George W. Bush na Casa Branca.

“O acordo não foi feito com o Taliban, pelo contrário, foi feito contra o Taliban. O acordo foi feito com os lideres tribais do Vaziristão do Norte.....e quando eles o assinaram honraram não apenas cumpri-lo, mas também actuar contra aqueles que o violarem.”

Funcionários paquistaneses disseram que os ataques de militantes contra forças governamentais no Vaziristão do Norte diminuíram significativamente desde que o acordo foi assinado. Mas autoridades informaram que militantes mataram pelo menos três homens no mesmo período depois de os terem acusado de serem espiões dos Estados Unidos.

A segurança fronteiriça continua a ser uma grande fonte de tensão entre o Paquistão e o Afeganistão.

O presidente afegão Hamid Karzai tem repetidamente acusado Islamabad de permitir que rebeldes Taliban criem santuários nas áreas tribais paquistanesas.

O presidente Bush esta semana pressionou os dois países a melhorarem a coordenação no que se refere a segurança regional.

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