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Liga Árabe Reúne-se em Beirute para Debater Ofensiva Israelita


Os Ministros dos Negócios Estrangeiros da Liga Árabe efectuaram uma reunião de emergência em Beirute, na segunda-feira, para debater a ofensiva israelita no Líbano contra os militantes do Hezbollah.

Durante a sua intervenção, o primeiro-ministro libanês, não susteve as lágrimas e pediu, soluçante, o apoio a todos os países da Liga Árabe para que seja conseguido um cessar-fogo imediato e incondicional num conflito que, nas suas palavras, tem estado a reduzir o Líbano a ruínas.

Fouad Siniora exortou aos ministros dos Negócios Estrangeiros da Liga Árabe para necessidade de uma forte união do mundo árabe no sentido de se corrigir a proposta de resolução franco-americana.

O governo queixa-se de que a proposta do Conselho de Segurança das Nações Unidas em questão, não é conclusivo relativamente a alguns outros litígios territoriais na região.

Neste particular, Fouad Siniora apelou às nações árabes a usarem de toda a sua influência no sentido de se conseguir as alterações preconizadas ao projecto de resolução franco-americana.

A proposta de resolução acordada entre a França e os Estados Unidos, que deixava aberta a porta à continuidade da ofensiva israelita, foi prontamente rejeitada pelo governo libanês.

No fim da reunião com os ministros árabes, o chefe do governo libanês confirmou à imprensa o que considerou de total apoio dos ministros árabes, aos sete pontos adoptados pelo Líbano.

O plano libanês prevê, entre outros aspectos, um cessar fogo imediato, a retirada das tropas israelitas do Líbano, a expansão da actual missão de manutenção e paz da ONU para as áreas de conflito, o reforço da presença militar libanesa no Sul do Líbano, a par do desarmamento do Hezbollah.

Recorde-se que, ainda ontem, o governo libanês aprovou um plano de envio de 15 mil soldados libaneses para o sul do Líbano, isto assim que Israel proceder a retirada das suas tropas da região.

Os países árabes acordaram na proposta estavam dispostos a introduzir alterações admitindo-se, inclusivé, a possibilidade de vir a ser imposta durante os debates de hoje no Conselho de Segurança da ONU, a retirada das tropas israelitas e clarificada a questão das Quintas de Sheeba.

Enquanto isso, momentos antes dos ministros da Liga Árabe chegarem ao destruído e encerrado aeroporto da capital libanesa, aviões de guerra israelitas atacaram com intensidade a capital Beirute, bombardeamentos que seriam, entretanto, reatados, instantes depois da partida das delegações dos países da Liga Árabe.

A televisão libanesa exibiu imagens de edifícios em ruínas dos subúrbios shiitas da capital, Beirute.

Várias dezenas de libaneses foram mortos na sequência da nova vaga de bombardeamentos aéreos israelitas, elevando para mil o número de civis libaneses, vítimas mortais do conflito. O primeiro-ministro libanês manifestou-se consternado com o número de vítimas civis do conflito: “Apelo a todos os homens e mulheres no mundo, a todos aqueles que amam a paz, a testemunharem o actos criminosos de Israel contra o Líbano, a denunciarem, a insurgirem-se e a demonstrarem a sua determinação em não tolerar mais realidades dessa natureza. Deve-se pôr cobro a esta situação e já! Isto é inaceitável!”

Enquanto isso, num sinal de clara expansão das operações militares, Israel advertiu os libaneses que vivem na parte Sul do rio Litani a não abandonarem as suas residências depois das 22 horas locais.

O rio Litani, que corre ao longo da parte Sul do Líbano, é tido como um bastião dos guerrilheiros do Hezbolah que têm alvejado com rockets cidades e centros populacionais do Norte de Israel.

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