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General Americano admite: Iraque Pode Resvalar para a Guerra Civil


O comandante das forças americanas no Médio Oriente disse perante o Congresso, em Washington, na quinta-feira, que militantes estão a tentar empurrar o Iraque para a guerra civil, mas disse também acreditar que o governo e os militares iraquianos podem evitar a guerra civil, caso tenham um forte apoio internacional.

Durante uma longa e, por vezes, acesa discussão entre o Secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, os comandantes militares e senadores com assento na Comissão das Forças Armadas, pintou um retrato crú da situação em Bagdade: “ Estou em crer que a violência sectária é, provavelmente, a mais grave que tenho visto em Bagdade em particular e se não for travada essa violência é possível que o Iraque mergulhe numa guerra civil. Terroristas da Al Qaida, rebeldes e militantes xiitas competem no sentido de mergulharem o país nunca guerra civil. É uma altura decisiva para Bagdade e requer uma acção decisiva por parte do Iraque com o nosso apoio claro”.

O general Abizaid afirma haver divisões sectárias que não podem ser ignoradas. Mas, disse ele, o novo governo de segurança está empenhado em colocar a situação sob controlo: “O ponto mais importante que temos ter em mente é que o exército está firme e unido e que o governo está empenhado em colocar sob controlo a violência sectária. Portanto a questão é a seguinte: Estou optimista ou não que as forças iraquianas, com o nosso apoio, com o apoio do governo iraquiano podem evitar que o país resvale para a guerra civil? E a minha resposta é, “sim”, estou optimista que esses resvalar possa ser evitado”.

Num memorando tornado público pela BBC, o embaixador britânico cessante no Iraque chegou a uma conclusão oposta ao comunicar ao primeiro-ministro Tony Blair que é de esperar “uma guerra civil de baixa intensidade” e prevê que o Iraque irá dividir-se ao longo de fronteiras étnicas.

O general Abizaid disse perante o Senado que o novo governo iraquiano sabe o que tem que ser feito e que está a tratar do problema. Disse ele que a prioridade é colocar Bagdade sob controlo, desmobilizar as milícias ilegais, apresentar aos tribunais os líderes dos esquadrões da morte e avançar com o processo de reconciliação nacional.

A audição no Senado foi marcada por críticas partidárias relativamente à política do governo do presidente Bush relativamente ao Iraque. Mas ouviram-se também palavras de apoio à Casa Branca.

O poderoso líder da Comissão das FA, o senador John Warner, disse que a administração Bush terá que pedir ao Congresso autorização adicional, caso o Iraque mergulhe na guerra civil.

O general Abizaid, o comandante das forças no Médio Oriente, disse que eç trinta anos de carreira raramente viu aquela região tão instável e volátil como agora.

E argumentou ser necessário derrotar os extremistas agora, no Iraque, afirmando que as meias medidas do passado tornaram os insurrectos mais fortes e que a comunidade internacional não se pode dar ao luxo de ver isso acontecer outra vez:

“Este é um problema muito grave que requer a aplicação da nossa vontade e do nosso poderio nacional, com o apoio da comunidade internacional para derrotar a ameaça dos extremistas sejam eles patrocinados pelo Irão ou pela Al Qaida. Caso contrário iremos travar uma das maiores guerras de sempre.”

O general Abizaid conta-se entre os oficiais que aprovaram um ligeiro aumento da presença militar americanas Iraque, na semana passada. Disse ele que será possível uma ligeira redução no fim do ano, mas que agora é mais importante ajudar agora o governo iraquiano a colocar a situação sob controlo.

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