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EUA Dispostos a Apoiar Transição em Cuba


A Secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, afirma que os EUA estão prontos a apoiar a transição de Cuba para a democracia, mas adiantou que Washington não está a tentar fomentar a agitação naquela ilha, numa altura em que o presidente Fidel Castro está doente.

Já passou quase uma semana desde que Castro transferiu temporariamente o poder para as mãos do seu irmão Raul, antes de ter sido submetido ao que as autoridades cubanas definiram como uma hemorragia gastrointestinal. Desde essa altura, as autoridades cubanas acusaram a administração Bush de estar a tentar desestabilizar o país, ao referir-se repetidamente à questão da mudança política naquela ilha.

Em declarações prestadas à rede de TV, NBC, a Secretária de Estado americana desmentiu aquela alegação, mas reiterou o apoio dos EUA à democracia em Cuba: “ Não iremos fazer nada para provocar um clima de crise ou uma sensação de instabilidade em Cuba. Este é período de transição para o povo cubano. Vamos apoiá-lo assumindo que o fim de uma ditadura não implica a imposição de uma outra”.

Rice disse que a sua mensagem ao povo cubano é a de que têm oportunidade de edificar uma nação mais estável e mais democrática.

Com o aumento das patrulhas da Guarda Costeira americana ao longo dos Estreitos da Flórida, Rice disse que um êxodo maciço de cubanos “não é esperado, nem será permitido”.

Na semana passada, muitos exilados cubanos a residir nos EUA manifestaram o seu regozijo e o se grande desejo de voltar ao seu país de origem numa era post-Castro. Questionado sobre se os EUA permitiriam um êxodo, desta feita em direcção a Cuba, disse a Secretária de Estado Rice: “ O nosso papel será o de ajudar o povo cubano, quando chegar a altura, para que tenham uma transição pacífica e democrática”.

Fidel Castro, que faz 80 anos na próxima semana, tem governado Cuba desde a revolução comunista de 1959. Detalhes sobre a sua doença são, no mínimo, vagos. As autoridades cubanas afirmam que o presidente está a recuperar depois da intervenção cirúrgica a que foi submetido e que já se consegue sentar na cama. Mas, um jornal brasileiro cita autoridades cubanas que terão informado que a hemorragia gastrointestinal foi causada por cancro no estômago, uma doença mortal. As autoridades cubanas negam aquela informação.

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