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Conter o Alastramento do Vírus H5N1


Na Indonésia, as autoridades sanitárias confirmaram que um homem de 44 anos de idade faleceu a semana passada, de febre aviaria. Eleva-se assim a 42 o numero de vitimas desta enfermidade, um numero idêntico ao registado no Vietname.

A Indonésia tem lutado para conter o alastramento do vírus H5N1 desde o primeiro caso humano na Sulawesi do sul, há pouco mais de um ano.

Com a ocorrência desta ultima vitima a Indonésia iguala o numero registado no Vietname, onde não se registou este ano qualquer fatalidade. As autoridades sanitárias atribuem o facto a extensa campanha de vacinação de galináceos e o abate em massa de aves doentes.

Na Indonésia o vírus foi detectado em 27 das 33 províncias do país.

A porta voz da Organização Mundial de Saúde, Sari Setiogi afirma que a detecção precoce e a fiscalização da doença têm sido muito boas, mas que a educação do publico sobre a ameaça constitui ainda um desafio. Segundo a mesma fonte as populações indonésias vivem em contacto com os galináceos, ate mesmo nas zonas urbanas, avaliando-se em 300 milhões o numero de galinhas criados nos quintais.

‘Quero dizer que põem, durante a noite, as galinhas dentro de casa em vez de as manterem nas capoeiras. Tratando-se de um habito, temos de lhes lembrar constantemente para evitarem o contacto com aves doentes ou mortas.’

Os críticos sustentam que a Indonésia tem sido lenta em aplicar estratégias para reduzir a infecção entre as aves, e tem sido particularmente relutante em abater as aves devido ao custo elevado para compensar os empresários. O abate generalizado é bastante impopular, e a Indonésia atribuiu três milhões e trezentos mil dólares para compensar os empresários, ou seja, um pouco mais de um dólar por galinha, bastante menos do valor no mercado.

Cientistas receiam que o vírus H5N1 possa mudar-se de forma a ser facilmente transmissível entre humanos, desencadeando uma pandemia que possa colocar em risco milhões de vidas. Até ao momento, a quase totalidade das vitimas humanas contraíram o vírus de aves doentes.

As entidades sanitárias revelaram recentemente que o vírus H5N1 variou ligeiramente, em Maio passado num grupo de casos em Sumatra, em que o vírus foi passado de ser humano para ser humano, tendo os especialistas indicado que a mutação desapareceu com a morte da ultima vitima.

A porta voz da OMS Setiogi acentua que a prevenção de uma pandemia exige um esforço global.

‘Se o vírus está nos animais, significa que pode passar para os humanos, mas, contudo uma estirpe pandémica poderá aparecer em qualquer parte, e não apenas na Indonésia.’

A Indonésia solicitou 900 milhões de dólares aos doadores internacionais para serem usados nos próximos três anos para ajudar a combater a doença.

Mais de 130 pessoas morreram do vírus desde 2003, tendo se registado casos na Europa, em África e na Ásia.

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