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Retirar Cidadãos Americanos do Líbano


O Pentágono aumentou os esforços para retirar cidadãos americanos do Líbano, mobilizando mais navios e milhares de tropas, enquanto aviões de guerra de Israel continuam a bombardear alvos libaneses. Desde que a crise principiou há sete dias, morreram pelo menos 235 libaneses e 25 israelitas.

O vice-almirante Patrick Walsh, chefe do Comando Central das Forças Navais dos Estados Unidos, disse a jornalistas no Pentágono através de uma teleconferencia a partir do Bahrain ter sido contratado um navio de cruzeiros, o “Orient Queen”, para transportar cidadãos americanos a partir do porto de Beirute.

“Estamos a movimentar o mais rapidamente possível. Trata-se de uma operação complexa que envolve um nível extraordinário de esforço. Estamos a enviar o melhor que temos e moveremos em velocidade máxima”.

O Departamento de Estado informou na terça-feira à noite que cerca de 350 americanos tinham sido removidos para uma zona segura e que esforços para aumentar as evacuações tinham sido acelerados dramaticamente.

Presentemente, nove navios americanos estão a navegar em direcção ao Líbano, juntamente com navios da Grã-Bretanha, Espanha e Itália. O vice-almirante Walsh afirmou que os navios estão prontos a receber passageiros após a sua chegada.

“Dos nove navios, quatro são anfíbios. Encontravam-se Golfo de Aqaba e no Mar Vermelho. O primeiro navio chega na quarta-feira e iremos ver o resto dos navios chegarem ao longo da semana”.

Espera-se que vasos de guerra tomem parte nos esforços de evacuação juntamente com outro navio de cruzeiros, o “Rama”, que pode transportar 1400 passageiros. O almirante Walsh informou que mais dois navios comerciais deverão chegar para ajudar a transportar pessoas de Beirute para Chipre.

Funcionários americanos estimam que cerca de cinco mil americanos serão evacuados, mas o almirante enfatizou que esse numero pode mudar dependendo da mudança de condições na região. Crê-se que mais de 20 mil americanos residam no Líbano.

O almirante Walsh disse que embora a situação seja perigosa com os aviões israelitas a bombardearem o Líbano pelo sétimo dia consecutivo e o Hezbollah a disparar foguetes para o norte de Israel, esta confiante de que os Estados Unidos terão capacidade de evacuar pessoas por mar e ar. Cerca de 2200 militares americanos estão envolvidos naquele esforço.

O almirante Walsh disse que os Estados Unidos estão a coordenar estreitamente com Israel para efectuar as evacuações de uma forma segura, mas reconheceu ter algumas preocupações sobre possíveis ataques do Hezbollah.

“Estou preocupado com ataques a navios, podem crer, é o nosso trabalho e estamos focados nele. Não assumimos nada quando vamos para um ambiente como esse. E por isso fazemos todos os preparativos no nosso plano e nas nossas deliberações para que possamos estar prontos para qualquer contingência. E esse tipo de cenário é algo que estamos a planear”.

E para os críticos de que as forças armadas americanas tem sido lentas em responder a crise, o almirante chamou a atenção para o facto de alguns navios estarem a caminho da região a partir do Oceano Indico e do Mar Vermelho.

A crise recordamos, irrompeu quando guerrilheiros Hezbollah raptaram dois soldados israelitas durante uma incursão através da fronteira entre o Líbano e Israel no passado dia 12 de Julho.

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