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Africanos e Europeus Tentam Travar Emigração Clandestina


Representantes europeus e africanos concordaram em adoptar uma série de medidas conjuntas tendo em vista travar o fluxo de emigrantes ilegais para a Europa. Foi durante uma cimeira sem precedentes, que decorreu, durante dois dias, no Marrocos.

O plano de acção aprovado pelos ministros reunidos em Rabat inclui 67 recomendações acerca dos modos de evitar a entrada de imigrantes ilegais africanos em solo europeu. Inclui igualmente incentivos para fazer com que os africanos não precisem emigrar. Esta reunião de representantes de mais de 50 países africanos e europeus foi a primeira conferência conjunta do género destinada a lidar com o problema a emigração ilegal que se tornou num problema de maior na Europa. Os ministros concordaram em reforçar a sua cooperação judicial e policial assim como criar bancos de dados africanos para lutar contra a emigração ilegal. Defenderam também o lançamento de campanhas de publicidade para alertar os eventuais candidatos a emigrantes ilegais para os riscos que podem correr tais como a possibilidade de morrerem em naufrágios ao largo da costa africana.

Os ministros presentes em Rabat defenderam também a necessidade de aumentar a ajuda europeia ao desenvolvimento africano, particularmente a criação de empregos em zonas de elevada emigração. No entanto, o plano não entra em pormenores quanto ao seu financiamento. Pede, contudo, aos africanos vivendo legalmente na Europa para que ajudem a melhorar as condições de vida nos seus países de origem. Prevê igualmente a oferta de incentivos a estudantes africanos na Europa para que regressem aos seus países. Vários países através da Europa estão a tomar medidas para conter o aumento substancial da emigração proveniente de África e não só.

No entanto o ministro francês do Interior, que participou na conferência de Rabat, declarou que os governos europeus rejeitam a ideia da emigração zero ou do conceito da Europa como fortaleza. Contudo, em declarações à radio francesa, Sarkozi declarou que nem a França nem a Europa aceitariam o que considerou como o discurso extremista daqueles que apoiam a imigração sem limites. Sarkosi está a promover o que considerou como uma emigração selectiva de modo a receber apenas os emigrantes mais habilitados. Tal programa está, no entanto, a alarmar muitos governos africanos que temem uma fuga descontrolada de cérebros.

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