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Abbas Declara o Estado de Alerta na Palestina


Nos territórios palestinianos, a violência experimentou ontem novos e preocupantes episódios, a ponto do presidente Mahmoud Abbas ter declarado o estado de alerta e ordenado às forcas de segurança a restaurarem a ordem.

Numa dramática escalada de violência, centenas de homens armados leais ao Fatah, o partido do presidente da autoridade palestiniana, Mahmoud Abbas, atearam fogo aos escritórios do primeiro ministro do Hamas, Ismail Hanyeh, em Ramalah.

Aqueles escritórios estão desocupados devido as medidas restritivas a viagens impostas pelas autoridades israelitas e que interditam a circulação dos líderes do Hamas de Gaza para a Margem Ocidental. Momentos depois, homens armados pertencentes ao Fatah, dispararam contra o edifício em chamas do Parlamento, em Ramalah.

A onda de violência na Margem Ocidental do Rio Jordão, segue-se a escaramuças opondo membros do Hamas ao Fatah, que resultaram na morte de pelo menos um militante do movimento islâmico Hamas e em dezenas outros feridos.

A tensão entre os dois grupos tem vindo a aumentar drasticamente desde o ultimo fim de semana, depois do presidente Mahmoud Abbad ter convocado um referendo, para 26 de Julho próximo e em função do qual os eleitores serão chamados as urnas para se pronunciarem sobre a proclamação de um Estado palestiniano, coabitando lado a lado com a Israel.

Caso a medida for aprovada, levaria ao reconhecimento, do Estado de Israel, pelo Hamas, algo que aquele grupo militante islâmico se recusa a fazer.

Ali Jarbarwi é professor de Ciências Políticas da Universidade de Bir Zeit, em Ramalah, e adverte que as divergências entre o Hamas e o Fatah poderão exacerbar-se no período que antecede e durante o próprio referendo: ´´Os próximos 40 dias, até que o referendo seja realizado serão perigosos, difíceis e basicamente inflamáveis. Se eles não chegarem a um acordo no sentido de suspenderem o referendo e conseguirem um acordo entre o presidente e o governo do Hamas, penso que vamos presenciar um recrudescer da violência interna, especialmente em Gaza e entre os palestinianos e israelitas.Isso irá inflamar a situação no seu todo´´.

Ontem, os legisladores do Hamas reunidos em Gaza, manifestaram o seu apoio a ameaça de bloqueio do referendo. E o Hamas detém, por sinal, a maioria no Parlamento palestiniano.

A onda de tensão entre palestinianos e israelitas está igualmente em efervescência com os militantes palestinianos a intensificarem os ataques com roquetes contra cidades no sul de Israel, junto a fronteira com Gaza.

Os homens do Hamas, que vinham observando um período de tréguas com Israel, retomaram os ataques com roquetes contra alvos israelitas, depois de oito civis palestinianos terem sido mortos numa Praia em Gaza, durante um bombardeamento militar israelita, alvo de uma investigação por parte do Estado judaico.

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