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Principais Grupos Rebeldes de Darfur


Os dois principais grupos rebeldes de Darfur, o S.L.M. e o J.E.M. tem estado sob pressão nas ultimas 24 horas para endossarem um acordo de paz em Abuja. O governo sudanes aceitou o documento de 85 paginas, mas os rebeldes aguardam por mais concessões.

Destacados diplomatas dos Estados Unidos,Canada, Grã-Bretanha e Líbia estão a pressionar pessoalmente o governo sudanes e os rebeldes para um compromisso.

Mesmo quando os mediadores procuram por fim ao conflito, funcionários da ONU reportaram um aumento dos confrontos em Darfur, onde um conflito que dura há três anos causou a morte de perto de 200 mil pessoas e o deslocamento de milhões de outras.

Um destacado elemento do grupo rebelde S.L.M., Niemat Ahmadai, disse a VOA que é importante que um acordo seja alcançado em Abuja para o bem das mulheres e crianças em Darfur.

“De facto, as mulheres e as crianças tem sofrido com a situação em Darfur e é por isso que estamos aqui, tentando fazer o nosso melhor para alcançar a paz devido ao sofrimento das pessoas”.

Mediadores afirmam que a profunda animosidade e falta de confiança estão a minar o processo de paz. Ahmadai afirmou que os habitantes de Darfur têm poucas razões para confiarem no governo de Cartum.

“Os movimentos não confiam no governo do Sudão. De facto, não podemos confiar neste governo porque é um governo que mata o seu próprio povo e comete genocídio contra o seu povo, por isso não podemos confiar nele mais”.

A comunidade internacional tem garantido constantemente aos rebeldes de Darfur que irão garantir a estrita implantação de um acordo feito em Abuja. Ahmadai quer garantias por escrito.

“A garantia que procuramos deverá ser por escrito e testemunhada pela comunidade internacional. Não aceitamos apenas verbalmente que vamos ter paz. O acordo deverá incluir garantias das partes locais, regionais e internacionais”.

Negociadores do governo do Sudão e dos dois grupos rebeldes de Darfur têm um prazo limite até amanhã, quinta-feira, para alcançarem um acordo, depois de mediadores da União Africana terem concedido aos rebeldes uma extensão de dois dias.

Os mediadores estão com esperança de que possa ser alcançado um compromisso. Um destacado mediador da União Africana disse a VOA antes de entrar numa sala para mais uma sessão a porta fechada que não há ainda um compromisso, mas a luta continua.

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