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Darfur: EUA Apostados no Processo Negocial


Os EUA apelaram para que a comunidade internacional intervenha, pressionando as partes envolvidas no conflito de Darfur por forma a ser rapidamente concluído um acordo de paz. As conversações estão a decorrer em Abuja, a capital nigeriana, onde se encontra o Subsecretário de Estado americano, Robert Zoellick.

A Casa Branca afirmou que o presidente Bush interveio nos esforços de paz telefonando ao presidente sudanês, apelando-lhe para que voltasse a enviar o seu representante a Abuja para finalizar o acordo de paz.

O vice-presidente sudanês Ali Osman Taha deixou a mesa das negociações depois dos rebeldes terem hesitado em aceitar uma proposta de acordo apresentada pelos medianeiros da União Africana e que o governo de Kartum já tinha aceite.

A Casa Branca salientou que o presidente Bush apelou ao regresso do negociador do governo sudanês e também a que o governo de Kartum abandone a sua oposição ao plano para transformar a missão de observação da União Africana em Darfur, numa missão de manutenção da paz da ONU, com o apoio logístico da NATO. A administração Bush enviou a Abuja o seu representante para a questão de Darfur, o vice-secretário de estado Robert Zoellick para tentar alcançar um acordo antes do prazo limite fixado pela União Africana para a conclusão das conversações que se prolongam há dois anos.

O porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, afirmou que Zoellick e a Secretária de Estado Assistente para os Assuntos Africanos, Jendayi Frazer, realizaram conversações preliminares com entidades oficiais da União Africana , com representantes dos rebeldes de Darfur e com o governo sudanês, na sequência da sua chegada à Nigéria.

McCormack afirmou que se desconhecem as hipóteses da conclusão das conversações , acrescentando que chegou a altura dos países preocupados com a situação em Darfur se juntarem aos Estados Unidos para pressionar as duas partes a alcançarem um acordo:” Não posso prever qual vai ser o resultado. Mas, tal como disse a Secretária de Estado Rice, é positivo o facto de prosseguirem as conversações. Chegou, no entanto, a altura da comunidade internacional deixar bem claro a todos esses grupos que necessitam de se decidir pela paz de modo a que a matança pare e para que o povo de Darfur e do Sudão possa começar a trabalhar no sentido de conseguir uma vida melhor.”

McCormack referiu ainda que a questão de Darfur foi analisada durante conversações entre a Secretária de Estado Condoleezza Rice e o ministro marroquino dos Negócios Estrangeiros, Moamed Benaissa. Salientou também a necessidade da União Africana e da Liga Árabe , organizações a que Marrocos pertence, falem em uníssono para apelar a Kartum para que aceite uma força de manutenção da paz mais robusta da ONU em Darfur.

A proposta de acordo de paz para Darfur baseia-se no acordo de partilha do poder que foi concluído entre o governo sudanês e o rebeldes do sul do país para pôr termo á longa guerra civil. Os rebeldes de Darfur apelaram a alterações aquela proposta de modo a dar-lhes uma maior representatividade no governo central sudanês e melhores termos no que se refere à integração das suas forças no exército nacional sudanês.

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