Links de Acesso

Taylor Desaparecido de Calahar


Apoiantes do deposto presidente liberiano, Charles Taylor, revelaram estarem, a tentar conseguir um novo acordo para o exílio daquele ex-senhor da guerra, numa altura em que aumenta a pressão internacional no sentido da sua extradição.

Ontem a presidente liberiana, Helen Johonson Sirleaf disse que quer que a custodia de Taylor seja transferida directamente para o tribunal especial que julga os crimes de guerra na Serra Leoa.

Charles Taylor tem estado a viver no exílio na Nigéria desde 2003, quando a luz de um acordo concordou em abandonar o poder, pondo assim fim a uma guerra civil de mais de uma década e meia na Libéria.

Entretanto, o governo nigeriano concordou recentemente em entregá-lo as novas autoridades liberianas, na sequência de um apelo feito pela recém empossada presidente Helen Johnson Sirleaf.

O conselheiro espiritual daquele ex-presidente liberiano, K A Paul disse estar a tentar conseguir um novo acordo com o governo da Etiópia, que permita a Charles Taylor refugiar-se naquele país da região do Corno de África.

‘Perguntei-lhe se queria que eu conseguisse um novo exílio, algures, caso Charles Taylor não possa continuar na Nigéria, eu gostaria que ele ficasse num terceiro país até o momento que tiver que fazer face às acusações de que é alvo. Por esta razão estou na Etiópia.’

Aquele conselheiro de Taylor revelou ainda estar em negociações semelhantes com vários outros países e que pelo menos um deles já tinha manifestado disponibilidade em receber o antigo presidente liberiano.

Entretanto, o paradeiro de Charles Taylor continua incerto. K A Paul disse a VOA que quando negociou o acordo inicial com a Nigéria há três anos atrás, Taylor tinha desaparecido do local onde se encontrava na cidade sulista de Calahar.

Vários mídias internacionais deram Taylor por desaparecido. Mas o seu porta voz na Nigéria, Sylvester Paasewe desmentiu as noticias que dão como certo que o antigo presidente liberiano estaria a monte.

Caso Charles Taylor seja extraditado da Nigéria, permanece a duvida para que país será enviado. O governo nigeriano tem vindo a recusar o pedido do tribunal internacional para os crimes de guerra cometidos na Serra Leoa, patrocinado pelas Nações Unidas, no sentido de proceder a sua transferencia para aquele tribunal, que o julgaria pelo seu papel durante o sangrento conflito naquele país vizinho.

Mas para os nigerianos, Charles Taylor só poderá ser julgado pelos tribunais liberianos.

Mas a presidente liberiana, Helen Johnson Sirleaf disse recentemente que a Libéria não esta disponível para receber aquele ex-presidente. Sirleaf sugeriu que Charles Taylor seja colocado sob custodia directa do tribunal internacional para os crimes de guerra na Serra Leoa.

Ontem foi a vez dos Estados Unidos apelar à Nigéria, a entregar aquele ex-senhor da guerra ao tribunal internacional.

Entretanto, a organização activista dos Direitos Humanos, a Human Rights Watch advertiu para a necessidade de um reforço da segurança em redor do antigo presidente liberiano, para evitar a sua eventual evasão.

O activista pró-democracia liberiano, Ezekyel Pajibo admite por seu lado que o governo da Nigéria, deveria facilitar a transferencia de Taylor para a custodia do tribunal internacional.

‘A Nigéria abdicou das suas responsabilidades internacionais, no sentido da transferencia de Taylor para a Serra Leoa. Portanto, está a colocar o ónus da responsabilidade sob os ombros do governo liberiano que não tem meios para receber e julgar Charles Taylor.’

Charles Taylor que liderou nos anos noventa uma brutal campanha militar que culminou com o derrube do ex-presidente liberiano, Samuel Doe, e que foi posteriormente eleito presidente do país, faz face a 17 acusações de crimes contra a humanidade, pelo seu papel no apoio aos rebeldes da Serra Leoa, durante a sangrenta guerra civil naquele vizinho pais da África Ocidental.

XS
SM
MD
LG