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Nova ofensiva contra os rebeldes


O governo chadiano indicou ter desencadeado uma nova ofensiva contra os rebeldes, provocando mais instabilidade na região da fronteira com a província sudanesa de Darfur.

A oposição sudanesa sustenta que as finanças do país estão a ser destruídas apesar das receitas do petróleo.

Responsáveis governamentais chadianos indicaram aos jornalistas que um posto de comando rebelde foi atacado ontem segunda feira, situado nas montanhas, próximo da fronteira leste com o Sudão. Segundo aquelas fontes a base rebelde foi conquistada e varias viaturas dos rebeldes foram destruídas.

O grupo rebelde confirmou o ataque, mas sustenta que os combatentes conseguiram defender a base, matando dezenas de tropas governamentais. O governo não confirmou quaisquer baixas, e nenhuma informação pode ser confirmada por fonte independente.

Noticias das acções militares seguiram-se ao que o presidente Idriss Deby indicou ter sido, uma tentativa de assassinato registada a semana passada.

O governo referiu terem sido detidos uma centena de oficiais e soldados suspeitos de envolvimento na tentativa de abater o aparelho de Deby quando do regresso de uma visita a Guine Equatorial.

Após 16 anos no poder Deby está a tentar obter um terceiro mandato no sufrágio de 3 de Maio próximo, já que uma recente emenda constitucional lhe irá permitir um terceiro mandato na chefia do Estado.

Todavia, desde Setembro passado, sofreu várias deserções de elementos superiores do sector militar, que se manifestaram contra o terceiro mandato. Alguns dos que desertaram juntaram-se aos rebeldes.

O jornalista chadiano, Addangolo Mustafa, refere que muitos dos elementos próximos de Deby são igualmente contra um terceiro mandato...

‘Existe uma emenda constitucional que permite ao presidente apresentar-se a um terceiro mandato. Foi nos dito que alguns elementos do seu corpo de segurança não concordam com a emenda. Até mesmo os partidos da oposição não concordam que o chefe de estado se apresente a um terceiro mandato ...’

Deby tem acusado o governo sudanes de prestar apoio às iniciativas para o derrubar, com Cartum a desmentir tal acusação.

O dirigente rebelde Dillo Djerou afirmou a agencia de noticias Reuters que Deby está a realizar as operações militares para demonstrar que mantém o controle do país, e para aumentar internacionalmente a sua credibilidade.

Apesar da nova riqueza proveniente do petróleo, o Chade sofre de um aumento do desemprego e de uma elevada taxa de inflação. O governo suspendeu legislação destinada a fornecer receitas do petróleo para alivio da pobreza, argumentando necessitar despender mais verbas com a segurança.

O professor universitário e membro de um partido da oposição, Cyrille considera que o pais se encontra em queda livre ...

‘Penso que a situcao não seja boa, estando a tornar-se mais e mais difícil. Não existem melhoras ... os funcionários públicos estão a sofrer muito pois não existe dinheiro para lhes pagar ...’

Os confrontos no leste do Chade afectam os refugiados sudaneses que atravessaram a fronteira para escapar as milícias Janjaweed da região de Darfur. Os trabalhadores de assistência humanitária referem que milhares de deslocados fugir para o Sudão devido aos confrontos no Chade.

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