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EUA Querem Repetição das Presidenciais na Bielo-Rússia


Os EUA apelaram para a realização de novas eleições na Bielo-Rússia, afirmando que a votação de domingo foi grandemente prejudicada por um clima de medo.

Os EUA juntaram-se aos observadores internacionais e aos grupos dos Direitos Humanos criticando asperamente as eleições de domingo na Bielo-Rússia onde, de acordo com os resultados oficiais, o actual presidente ganhou por uma esmagadora maioria, obtendo o seu terceiro mandato consecutivo naquele cargo.

O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, disse que os EUA não podem aceitar os resultados das eleições. O porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, fez eco daquelas palavras e advertiu as autoridades bielo-russas contra acções de repressão contra a oposição: ”Apelamos ao regime bielo-russo para libertar imediatamente os detidos durante a campanha eleitoral. A comunidade internacional vai continuar a escrutinar as acções das autoridades da Bielo-Rússia e advertimo-los para não atacarem, ameaçarem ou deterem aqueles que exerceram os seus direitos políticos nos próximos dias ou no futuro”.

Os observadores internacionais afirmam que a campanha política e a votação foram marcadas por actos de intimidação, de fraude e de violação dos Direitos Humanos.

O Conselho da Europa e a Organização de Cooperação na Europa disseram que as eleições não foram nem livres nem justas.

Os resultados oficiais mostram o presidente Lukashenko com mais de 82 por cento dos votos entrados nas urnas enquanto que o candidato da oposição, Alexander Milinkevich, obteve apenas seis por cento. Milinkevich recusa-se a aceitar os resultados, tendo apelado para a realização de novas eleições.

Milhares de manifestantes foram para as ruas em Minsk desafiando uma presença massiva de polícia de choque e das forças de segurança.

A Europa e os EUA estão agora a falar de acções diplomáticas e financeiras contra o governo da Bielo-Rússia. O porta-voz do Departamento de Estado, Sean MacCormack, disse que Washington vai agora cooperar com os aliados europeus para a eventualidade de agravar as sanções já em vigor: ”Já temos em prática algumas sanções individuais, bem como contra o regime e que incluem restrições a viagens, limites a financiamento directo ao governo e limites no que toca a reuniões de alto nível. Seria nessa perspectiva que temos que encarar medidas adicionais”.

O presidente Lukashenko tem governado a Bielo-Rússia com pulso de ferro, de uma forma que faz lembrar o regime soviético deposto em 1994.

Muito embora o presidente Lukashenko ter vindo a ser criticado pelos reformistas e pelo Ocidente pelo seu regime autocrático e tem sido um estreito aliado da Rússia.

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