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Atacado Acampamento de Refugiados no Sudão


A agência da ONU para os refugiados anunciou que o seu acampamento em Yei, no Sul do Sudão, foi atacado na quarta-feira à noite. Um guarda local foi morto durante o ataque e um funcionário internacional ficou gravemente ferido, bem como outro guarda.

A agencia das Nações Unidas para os refugiados descreveu como chocante o ataque contra o campo de refugiados de Yei.

De acordo com aquela agência da ONU, dois funcionarios seus foram alvejados pelos atacantes e encontram-se gravemente feridos no hospital da cidade de Juba. Os dois feridos serão, entretanto, evacuados para a capital queniana, Nairobi, para receber tratamento médico.

A porta voz daquela agência da ONU, Helene Caux, disse à VOA que pelo menos um dos atacantes foi morto e que uma investigação as motivações do ataque esta sendo levado a cabo: ´´Não temos nenhuma indicação quanto a identidade do mesmo. Um deles foi morto e um segundo foi aprisionado pela população local. Ele encontra-se agora detido na localidade de Yei. Portanto, como disse, vamos levar a cabo uma investigação por forma a apurar os contornos do ataque e se identifique os dois atacantes e as razoes do ataque de ontem ao complexo´´.

O complexo de acolhimento dos refugiados de Yei encontra-se localizado a 30 quilómetros a norte da fronteira do Uganda com o Sudão.

Helene Caux caracterizou o banditismo como uma das causas prováveis do ataque. Mas, até que os resultados da investigação sejam conhecidos, pouco mais se poderá avançar a propósito.

De acordo com a Helene Caux, o ataque forçou aquela agência da ONU a suspender as operações de repatriamento dos refugiados, cujo arranque estava previsto para os próximos dias:´´ Nós estamos no complexo de Yei porque estamos a preparar para fazer regressar os refugiados sudaneses que se encontram no Uganda e na República Democrática do Congo. Estávamos prestes a iniciar, já na próxima semana, a operação de repatriamento dos refugiados no Congo. Temos cerca de treze mil e trezentos refugiados na República Democrática do Congo e o processo de repatriamento do primeiro grupo estava agendado para a próxima semana. Entretanto, por causa deste incidente, vamos ter que suspender a operação´´.

Helene Caux, porta voz da agência da ONU para os refugiados disse ainda que o ataque coloca a descoberto as dificuldades que aquela agência enfrenta no Sul do Sudão, onde têm estado a trabalhar na reabilitação dos hospitais, escolas e outras infra-estruturas básicas por forma a que se consiga criar um ambiente propicio ao regresso de milhares de refugiados sudaneses.

De acordo com números revelados pela agencia da ONU para os refugiados, a guerra civil no Sudão obrigou a que mais de 350 mil sudaneses abandonassem as suas aldeias de origem e procurassem refúgio nos países vizinhos.

Cerca de quatro milhões sudaneses encontram-se na condição de desalojados no interior do próprio Sudão.

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