O governo chinês ignorou os apelos dos Estados Unidos e da Austrália para se comportar mais responsávelmente em assuntos mundiais.
Num comunicado político intitulado “Estratégia para a Segurança Nacional”, a Casa Branca disse hoje que a China não pode manter uma trajectória pacifica para o desenvolvimento se não efectuar rapidamente reformas políticas. O documento critica também a China por tentar “açambarcar” os abastecimentos de energia em todo o mundo e tentar controlar os seus mercados em vez de os abrir.
Num encontro regular com jornalistas, o porta-voz do Ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, rejeitou as criticas.
O porta-voz afirmou que a China está devotada à paz no mundo e a promover o desenvolvimento mutuo entre as nações e é um país responsável.
Hoje na Austrália, a secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice e o ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, expressaram preocupações de que a China, como uma potência emergente, precisava compreender as suas responsabilidades. Rice e Downer apelaram a Pequim para ser mais aberto na sua economia e nos seus contactos com outros países.
Rice disse também que Pequim não está a ser transparente sobre os seus gastos e propósitos na esfera militar.
A China este ano aumentou as suas despesas militares em dois dígitos, levantando preocupações sobre a estratégia militar de Pequim.
Alguns peritos são de opinião de que os gastos militares reais da China podem ser três vezes maiores dos que os números publicados.
Contudo, o porta-voz do Ministério dos Estrangeiros Chinês rejeitou as acusações de que o governo está a esconder os gastos militares e disse que a China publica regularmente livros brancos sobre a defesa.
O porta-voz acrescentou que os gastos militares da China são completamente transparentes e que Pequim espera que todos os países olhem para o assunto de uma forma objectiva.
A China afirma que um aumento das despesas é necessário para modernizar as suas vastas forças armadas e melhorar a vida dos soldados.