A Nigéria confirmou, na segunda-feira, que testes feitos em aves em dois Estados confirmaram a presença do mortal vírus H5N1.
O surto da gripe das aves havia sido confirmado em mais dois Estados no Norte da Nigéria. O ministro da Informação, Frank Nweke, ontem a jornalistas que nos Estados de Katsina e Zamfara, bem como em Abuja, a capital, são agora confirmados casos de gripe das aves.
Disse ele que os testes efectuados nas aves de capoeira de sete outros Estados revelaram resultados negativos.
A Nigéria está a planear comprar 250 mil doses de vacinas anti-virais num esforço para acalmar os receios de uma epidemia que se transmita aos seres humanos. O H5N1 pode ser transmitido das carcassas infectadas das aves para humanos, mas na corrente forma não se pode transmitir entre humanos.
Um destacado elemento dos serviços de saúde da Nigéria, o dr. Ahmed Nasidi, afirma que, até agora, o governo do presidente Olusengun Obasanjo tem vindo a confrontar de uma forma eficaz este surto da gripe das aves: ”Dentro das capacidades do país e o facto do presidente estar pessoalmente envolvido, penso que a Nigéria se tem actuado rapida e correctamente uma coisa que nunca antes havia acontecido em África. Esta foi a primeira vez e nós não estávamos tão preparados como deveríamos e como estão os países do sudeste asiático, que têm experiência do passado”,
Entretanto, um epidemiologista da organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação disse a jornalistas, na cidade de Kano, que os povos africanos estão em maior segurança que os africanos, onde o vírus H5N1 já matou mais de 90 pessoas desde 2003. A razão, diz ele, é que na Ásia há mais galinhas a viver em grande proximidade com os seres humanos, agravando o perigo de contaminação.
Mas as autoridades sanitárias da ONU receiam que o vírus possa alastrar nas populosas cidades africanas onde os sistemas imunológicos de muitos estão comprometidos pelo vírus da SIDA e da malnutrição.