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Câmara dos Representantes Condena por Unanimidade Programa Nuclear Iraniano


A Câmara dos Representantes dos EUA aprovou, por esmagadora maioria um resolução não vinculativa condenando o programa nuclear do Irão e apelando para a aplicação de sanções internacionais aquele país.

A resolução condena o Irão por não cumprir as suas obrigações ao abrigo do Tratado de Não Proliferação Nuclear para além de outros compromissos em relação à Agência Internacional de Energia Atómica.

Com uma votação de 404 votos a favor e apenas quatro foi aprovada a decisão de apresentar o caso do Irão ao Conselho de Segurança da ONU, exortando os membros permanentes daquele Conselho, a Rússia e a China, a cooperarem para que o caso seja analisado o mais depressa possível.

A congressista Ileana Ros-Lethinen sublinhou a cadeia de acções desencadeadas pelo governo iraniano para iludir a comunidade internacional, bem como as declarações provocatórias por parte de líderes iranianos: ”O Irão anunciou que irá fornecer tecnologia nuclear a outros países islâmicos. O ministro da Defesa iraniano disse que o seu país tem todo o direito de ter acesso a armas nucleares. E o líder iraniano disse publicamente estar na disposição de partilhar tecnologia nuclear com outras nações islâmicas.”

O congressistas afirmam que o Irão perdeu o direito de desenvolver qualquer aspecto do ciclo de produção de combustível nuclear, em particular a conversão do urânio e á tecnologia e equipamento de conversão e enriquecimento e reprocessamento.

O democrata Tom Lantos adverte para a eventualidade de um Irão com armas nucleares poder apoiar o terrorismo: ”Peço aos meus colegas para imaginarem este Estado terrorista, com armas nucleares e em posse de grandes quantidades de material nuclear. Mesmo que esse material destrutivo não seja posto à venda, um Irão com armas nucleares irá aterrorizar e desestabilizar todo o Médio Oriente”.

O congressista democrata Steny Hoyer sublinhou as declarações anti-Israel e anti-americanas feitas pelo presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad: ”As nossa preocupações são aumentadas pelas declarações inflamatórias e irresponsáveis do presidente iraniano que manifestou esperança por um mundo sem a América. Esta é uma nação que está no limiar de se tornar numa potência nuclear. E manifestou também o seu desejo (e citamos) de limpar Israel do mapa”.

Um congressista republicano e dois democratas manifestaram preocupação pelo facto da linguagem do documento aprovado ser demasiado retórica e dura, não dando oportunidade a soluções diplomáticas.

O democrata Ike Skelton disse que se deveria dar uma oportunidade à via diplomática: ”Temos que considerar todas os meios à nossa disposição. E temos que ter o cuidado de, inadvertidamente, não agravarmos as coisas pela nossa retórica ou pelas nossa acções. Por exemplo, devemos considerar sanções inteligentes que visem a liderança iraniana, evitando prejudicar a população iraniana e obter um forte apoio internacional.”

A Secretária de Estado, Condoleezza Rice, disse perante a Comissão de Relações Externas da Câmara dos Representantes que as sanções devem ser aplicadas por forma a não prejudicar o povo iraniano: ”Penso que não devemos concluir apressadamente que tipo de sanções serão mais apropriadas. Penso que devemos observar o efeito na comunidade internacional e também no que será mais eficaz em termos do regime iraniano, esperando não atingir o povo iraniano em relação ao qual não temos nada contra.”

Num outro debate, realizado na quinta-feira, um congressista perguntou ao Secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, e aos mais altos dirigentes militares americanos para estarem preparados para enfrentarem com a potencial decisão do uso da força militar contra o Irão.

Sem responder directamente sobre o Irão, o CEMGFA, o general Peter Pace, admitiu que o planeamento militar a longo prazo inclui um leque de opções para fazer face a futuros desafios potenciais.

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