Um documento divulgado a semana passada pelo Departamento da Defesa dos Estados Unidos contem varias referencias a África, particularmente no que diz respeito a operações contra terrorismo e a cooperação com forças militares estrangeiras.
O documento destina-se a traçar a política de defesa dos Estados Unidos para os próximos vinte anos.
Um dos principais pontos de destaque do relatório foi o aumento em 15 por cento das forças especiais dos Estados Unidos – equipas muito moveis que podem atacar em qualquer altura, em qualquer local usando para tal a tecnologia mais avançada.
A maioria das noticias não menciona o significado para África.
Segundo a adjunta do secretario da Defesa para os Assuntos Africanos, Theresa Whelan ... ‘A comunidade das forças especiais está adequada para trabalhar com os militares estrangeiros. Este um dos elementos da sua missão. Só o facto de termos mais forças especiais disponíveis penso que seja bom para África ...
O documento do departamento da Defesa classifica África como sendo uma área operacional chave para as forças especiais dos Estados Unidos, na missão de treino de pessoal militar estrangeiro. Menciona igualmente África nas secções de contra terrorismo e cooperação militar internacional. Elogia as iniciativas de manutenção da paz da ECOWAS.
Os parágrafos devotados a África não constituem grande espaço do documento de 92 paginas, mas para a secretaria adjunta Theresa Whelan ... são de grande significado ... ‘Os documentos estratégicos que o Departamento da Defesa produziu no passados nunca mencionaram África de forma especifica e detalhada .Poderia existir uma breve referencia, mas com este detalhe penso que seja uma mudança no pensamento tendo em conta a natureza da ameaça, onde estamos a prestar maior atenção a locais como África ...’
Locais como África, são locais onde os exércitos nem sempre tem controle dos territórios, deixando áreas onde os terroristas podem operar. O departamento da Defesa encontra-se no primeiro ano de aplicar a sua Iniciativa de Contra Terrorismo Trans Saariana.
O programa prevê o dispêndio de 500 milhões de dólares , num espaço de cinco anos para ajudar a treinar forcas militares africanas em como controlar o seu território e as aguas costeiras, e em como utilizar as tácticas de recolha de informação para combater os terroristas.
Para alem disso outros sectores dos militares dos Estados Unidos efectuam missões humanitárias e ajuda civil em África, fornecendo assistência de emergência e a construir as instalações necessárias como clinicas e escolas.
A adjunta do secretario da Defesa para os Assuntos Africanos sustenta não estarem planeadas operações de relevância no futuro próximo da cooperação militar americano africana.
A iniciativa contra terrorista vai continuar a ser aplicada, e as forças dos Estados Unidos vão continuar a realizar exercícios militares bilaterais, treinar pessoal e realizar trabalho humanitário em vários países africanos.