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Oito milhões de pessoas precisam de assistência de emergência


As Nações Unidas informaram que dois anos consecutivos de secas deixaram a Etiópia, o Quénia, a Somália e Djibuti sem capacidade para alimentarem muita das suas populações. As Nações Unidas calculam que oito milhões de pessoas precisam de assistência de emergência e advertiram de que esse numero pode aumentar se não houver chuvas em Abril.

Damien Personnaz, um porta-voz da UNICEF, disse que um milhão e meio de crianças ate aos cinco anos de idade necessitam particularmente de assistência. Acrescentou que elas estão mal nutridas, aumentando o risco de não sobreviverem a doenças, nomeadamente a diarreias.

“Quando existe uma combinação de seca e de falta de agua, aumenta o nível da mal nutrição, que e já extremamente elevado entre a população infantil da área e, portanto, devemos esperar pela erupção de doenças causadas pela ingestão de água não potável e também de sarampo.”

O porta-voz da UNICEF afirmou que a seca está também a ter um impacto em longo prazo na educação das crianças. Disse que as crianças tendem a deixar a escola em tempos de crise. Muitas delas são mantidas em casa para ajudar a família e muitas outras não vão a escola porque os seus pais não têm dinheiro para pagar as propinas. O porta-voz lembrou que no Quenia não há propinas escolares e que a UNICEF tem persuadido os governos dos outros três países afectados pela seca (Etiópia, Somália e Djibuti) a acabarem com as propinas.

“O que estamos a tentar é combinar o facto de que quando as crianças vão a escola, tem de ser alimentadas...pelo Programa Alimentar Mundial através dos seus programas......a agua tem de lhes ser fornecida de uma forma fácil. As instalações sanitárias serão ligeiramente melhores se forem construídas ao ar livre. A escola é o lugar perfeito para as crianças se queremos que elas sejam vacinadas em campanhas de imunização.”

Perzonnaz acrescentou que a Somália é um caso particularmente difícil porque não tem um governo central; o acesso é limitado em muitas áreas e levar ajuda é muitas vezes perigoso, e sempre dispendioso.

Uma outra área problemática é a o sul da Etiópia. O porta-voz da UNICEF disse que ele esta longe de qualquer centro urbano e difícil de se lá chegar. Para além disso, a maioria da sua população e nómada, tornando-se muito difícil contacta-la.

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