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A segurança e o desenvolvimento económico no Afeganistão


A conferencia de Londres reuniu representantes de cerca de 70 países e instituições internacionais com vista a financiarem um plano de cinco anos para a segurança e o desenvolvimento económico no Afeganistão.

A secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice afirmou que muito trabalho terá ainda de ser feito no Afeganistão e que os Estados Unidos vão continuar a ser um parceiro forte.

“Os Estados Unidos estão totalmente devotados para que o Afeganistão tenha sucesso em longo prazo. Para nos, isso é uma parceria estratégica. Temos empenhado dezenas de milhar de soldados nossos para ajudar a estabilizar o país. Temos sacrificado preciosas vidas de americanos. Para alem do nosso actual empenhamento em cerca de seis mil milhões de dólares, tenho o prazer de anunciar hoje que o presidente Bush vai solicitar ao Congresso mais mil e 100 milhões de dólares em assistência para apoiar o povo afegão no próximo ano.”

Outros países anunciaram os seus empenhamentos financeiros para o Afeganistão, nomeadamente a Grã-Bretanha com cerca de 875 milhões de dólares. A Rússia, por sua vez, disse estar preparada para perdoar a divida de 10 mil milhões de dólares da era soviética.

O presidente afegão Hamid Karzai afirmou estar agradecido pelo apoio da comunidade internacional, mas advertiu de que há ainda uma séria ameaça do trafico de narcóticos e de militantes do antigo regime Taleban.

“O terrorismo já deixou de governar o Afeganistão, mas continua a ser uma ameaça para a segurança e bem-estar do nosso povo. Não é só a segurança e a independência do Afeganistão que é ameaçada pelo terrorismo. Esta ameaça é inimiga da paz e da humanidade e é responsável pelo massacre de pessoas inocentes através do mundo.”

Karzai avisou também que poderá levar 10 a 15 anos para controlar a produção de ópio no Afeganistão, a fonte do país para cerca de 90 por cento da heroina consumida na Europa.

A conferencia sobre o Afeganistão ocorre numa altura em que as potências ocidentais realinham as suas forças no país para missões de contra-terrorismo e instrução de forças de segurança.

Os Estados Unidos que lideraram a invasão do Afeganistão depois dos ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001, tencionam reduzir a sua força este ano dos actuais 19 mil efectivos para 16 500. Entretanto, a NATO tem planos para aumentar as suas tropas no terreno dos actuais nove mil efectivos para 15 mil efectivos, no segundo semestre deste ano.

As forças norte-americanas tem-se concentrado principalmente em operações de contra-terrorismo, enquanto a NATO tem fornecido instrução a soldados afegãos e a policia contra narcóticos.

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