A primeira dama dos Estados Unidos, Laura Bush encontra-se em África no quadro de uma digressão que a levara a quatro países do continente, incluindo a Libéria, onde vai assistir a cerimonia de juramento da recém eleita presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf.
Percussionistas tradicionais do Ghana dão as boas vindas a Laura Bush, primeira dama dos Estados Unidos.
Laura Bush vai se encontrar com o presidente ghaniano, John Kufour durante esta sua visita ao Ghana e vai ao mesmo tempo anunciar uma parceria entre seis universidades americanas e seis países africana, virada para o desenvolvimento de curriculums escolares, do nível escolar básico ao oitavo ano.
A primeira dama dos Estados Unidos vai ainda visitar a Nigéria, onde se prevê venha a se encontrar com o presidente Olusegun Obasanjo a par de uma intervenção focando os programas de prevenção da Sida implementados pelos hospitais na capital Abuja.
Mas o ponto alto da visita de Laura Bush, será hoje, a cerimonia de juramento da recém eleita presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, a primeira mulher africana a ser eleita para o cargo.
Falando aos jornalistas nesse seu périplo pelo continente africano, Laura Bush disse que a eleita presidente da Libéria, representa um exemplo de referencia para a emancipação das mulheres.
A primeira dama dos Estados Unidos lidera por sinal uma delegação americana, da qual fazem ainda parte a filha, Barbara Bush e ,a secretaria de estado Condoleeza Rice.
A assistente da secretaria de estado, Jendayi Frazer disse a propósito que a composição da delegação mostra o quanto o presidente George Bush está comprometido com os direitos das mulheres liberianas.
‘O presidente George Bush está a enviar uma delegação de alto nível para sublinhar a importância do processo de transição da Libéria, no sentido da paz e da consolidação da democracia para o povo liberiano, para o continente africano e para o mundo no geral. A eleição da primeira mulher para o cargo de presidente em África representa uma fonte de inspiração para as jovens mulheres africanas.’
A administração do presidente George Bush contribuiu no ano passado com mais de 840 milhões de dólares a Libéria, montante esse utilizado no financiamento da missão dos capacetes azuis das Nações Unidas para aquele país da África Ocidental.
O pacote de ajuda inclui ainda 60 milhões de dólares aplicados em programas de treino da policia liberiana e 90 milhões de dólares para as campanhas de repatriamento dos refugiados liberianos.
Entretanto, para Laura Bush um dos grandes problemas com que a Libéria faz face são as altas taxas de desemprego no país.
Entretanto reservas outras existem, nomeadamente as relacionadas com o destino se dar ao ex-líder liberiano, Charles Taylor, actualmente exilado na Nigéria.
Taylor foi um dos protagonistas da guerra que culminou no derrube do regime militar do ex-presidente Samuel Doe mas é actualmente procurado pela justiça internacional por alegados crimes cometidos, nomeadamente o de violação dos direitos humanos e de atrocidades na guerra civil na vizinha Serra Leoa.
Para a assistente da secretaria de estado americana, Jendaye Frazer a administração do presidente George Bush continua determinada a responsabilizar o ex-presidente Charles Taylor pelos seus actos.
‘Claramente, os Estados Unidos continuam no encalço de Charles Taylor, por forma a que responda, que seja chamado à responsabilidade pelas atrocidades que praticou na Serra Leoa, onde é acusado por um tribunal especial ... Ele foi um dos principais responsáveis pela onda de instabilidade na região.’
Saliente-se que durante a sua recente deslocação a capital Washington a eleita presidente liberiana, Ellen Johnson Sirleaf abordou a questão Taylor, com a secretaria de estado Condoleeza Rice.
Segundo Frazer, Condolleza Rice terá dito a Ellen Sirleaf, que Washington continuava empenhado no caso e que teria encorajado o líder nigeriano, Olusegun Obasanjo a entregar o ex-líder liberiano ao tribunal especial para os crimes de guerra praticados na Serra Leoa.