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Manifestam-se através de obras de arte


Crianças da região sudanesa de Darfur, devastada pela guerra, manifestam-se através de obras de arte presente numa exposição inaugurada aqui em Washington. Os organizadores esperam que os trabalhos das crianças venham a inspirar outros a trabalhar no sentido da paz, não apenas em Darfur como no resto do mundo.

Quando as crianças recebem papel e lápis de cores não é comum que desenhem imagens de violação e de violência, mas foi precisamente isso que fizeram as crianças que vivem em sete campos de refugiados situados ao longo da fronteira de Darfur com o Chade.

Os vinte e sete desenhos recolhidos, encontram-se em exibição na organização judaica Hillel, apresentam actos de violência que as crianças presenciaram. A organizadora, Michelle Lackie, precisa que ver o conflito de Darfur através dos olhos das crianças transforma a catástrofe humana mais real e mais pessoal.

Diz ela pensar que ... através das crianças não se pode ignorar. Não se pode ignorar quando algo acontece ... não se pode dizer que se trata de política, ou que as pessoas experimentam coisas diferentes. As crianças são inocentes ... não tem razoes para dizer algo que não ocorreu ... por isso nos somos sensíveis.

Lackie sublinha que a sua organização tem divulgado muitas causas, desde Darfur ao Ruanda, por que o povo judaico pode compreender a luta.

Trata-se de um valor judaico ajudar outros povos sublinha ... algo que nos fazemos pois os judeus passaram por um genocídio e não se pode permitir que isso volte a acontecer.

A organização convidou o Rabino, Jonathan Sacks, para a exibição em que encorajou os judeus a verem o desespero das crianças cujos desenhos estão expostos. O rabino sublinhou que a fé dos judeus encoraja a prestar assistência para questões mais próximas, os judeus são igualmente chamados a procurar a paz em lugares distantes e apelou a que mais pessoas ajudem Darfur.

‘Constitui um escândalo que este genocídio prolongado ocorra sem protestos por parte do mundo. Devemos juntar forças e juntar as nossas vozes.’

As Nações Unidas sustentam que dezenas de milhar de pessoas morreram e quase três milhões de pessoas foram deslocadas pela violência.

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