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A Organização Mundial de Saúde revelou que 17 milhões de pessoas morrem prematuramente


A Organização Mundial de Saúde revelou que 17 milhões de pessoas morrem prematuramente por ano de doenças crónicas. Num relatório a OMS propõe um plano global de acção para evitar a doença crónica, plano que pode salvar as vidas a 36 milhões de pessoas, que de outra forma iriam morrer até 2015.

A Organização Mundial de Saúde refere que milhões de pessoas morrem prematura e desnecessariamente de doenças do coração, congestão cerebral, cancro e diabetes. Estas doenças, sustenta a OMS, são evitáveis e a epidemia de doenças crónicas pode ser sustida. A maior parte dos casos são provocados por três factores de risco evitáveis – alimentação deficiente, inactividade física e uso do tabaco.

O director do Departamento de Doenças Crónicas e Promoção da Saúde da OMS, Robert Beaglehole, afirma que mitos que rodeiam as doenças crónicas impedem a actuação para as evitar. Por exemplo, refere que um dos mitos sustenta que as doenças crónicas afectam apenas indivíduos ricos em países ricos. As provas demonstram que 80 por cento dessas doenças ocorrem em países de baixo e médio rendimento, e metade deles entre mulheres.

‘Pelo menos 50 por cento dos adultos com idade superior a 30 anos, em alguns países da África sub saariana encontra-se com peso a mais. As pressões arteriais na África sub saariana são das mais elevadas no mundo. Os índices de colesterol, que constituem um importante factor de risco para a doença cardio vascular são comuns por toda a parte, com excepção dos países muito pobres afectados pela fome. Não nos referimos aos nigerinos ou aos malawis deste mundo.’

A OMS espera que os países prestem atenção e actuem contra as doenças crónicas quando se aperceberem dos seus custos.

O relatório prevê que nos próximos dez anos a China venha a sofrer de perdas acumuladas 558 mil milhões de dólares em resultado das doenças de coração, congestão cerebral e diabetes. A Rússia ira sofrer de mais de 300 mil milhões de dólares e a Índia de 236 mil milhões de dólares.

O doutor Beaglehole classifica estes valores de impressionantes, e adianta que os países vão poupar biliões de dólares se promoverem programas para salvarem milhões de vidas.

‘Por isso propomos um objectivo para evitar 36 milhões de mortes de doenças crónicas entre este momento e o ano de 2015, o que pode ser alcançado se reduzirmos em dois por cento anuais as doenças crónicas, um índice de baixa que foi grandemente excedido na Polónia.’

Beaglehole acrescenta que na Polónia o índice de morte entre os adultos jovens desceu em dez por cento ao ano na década de 90, e nas pessoas mais idosas em seis por cento anuais.

Segundo ele o governo obteve estes índices com um custo muito baixo ao disponibilizar fruta e vegetais e retirando os subsídios aos produtos lácteos, em particular a manteiga. Com o aumento dos preços destes produtos, o governo, baixou os custos de óleos mais saudáveis.

O relatório da OMS cita outras medidas baratas que podem levar a uma melhor saúde, incluindo a redução de sal nos alimentos preparados, a melhoria das refeições nas escolas e aplicando impostos sobre os tabacos.

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