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As grandes companhias foram avisadas para evacuarem o seu pessoal


Os membros da Força Voluntária do Povo do Delta do Niger indicaram o sábado como prazo-limite para a libertação do seu líder antes que o grupo se lance em actos de violência tais que a declaração afirma jamais vistos na história daquele estado nigeriano.

As grandes companhias foram avisadas para evacuarem o seu pessoal ameaçando o grupo de destruir todas as instalações petrolíferas na região se a sua reivindicação não for cumprida. Ameaças similares no passado não foram cumpridas.

O líder do grupo, Mujahid Dokubo-Asari, foi detido na terça-feira encontrando-se presentemente sob custódia na capital, Abuja, tendo um juiz afirmado que Asari permaneceria na cadeia durante as próximas duas semanas enquanto estiver a ser preparada a lista das acusações contra si, baseadas nas declarações que o líder militante teria feito numa entrevista a um jornal.

O grupo militante cumpriu as ameaças de ataques às instalações petrolíferas na terça-feira, quando forçou o encerramento de uma gigantesca estação da Companhia Chevron na localidade de Idama. Mais tarde, a Chevron encerrou o seu centro operacional em Robertkiri, depois de receber uma informação acerca de um ataque iminente.

Um representante do conglomerado anglo holandês, Royal Dutch Shell, desmentiu uma noticia anterior divulgada pelo comandante da Força Voluntária do Povo do Niger que dizia que os militantes tinham ocupado quatro das suas plataformas na região. Todavia, a Shell confirmou que estava a tomar medidas de precaução, restringindo visitas dos seus funcionários a zonas vulneráveis da Companhia.

Por outro lado, a Royal Dutch Shell afirma que a sua produção não foi afectada, dado que muitas das suas instalações podem operar sem o pessoal essencial.

Os activistas da etnia Ijaw, dominante no Delta, tem exigido desde há muito que a maior parte dos rendimentos da exploração petrolífera se invista na região, acusando as companhias petrolíferas de uma devastação generalizada da economia e do meio ambiente da zona. Por sua vez, as companhias afirmam estar a compensar as comunidades melhorando as infra-estruturas regionais.

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