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O Iraque apresentou queixa contra a Síria


O Iraque apresentou queixa ao Conselho de Segurança da ONU contra a Síria por não ter sustido o acesso de guerrilheiros estrangeiros que prestam assistência aos rebeldes iraquianos.

Sublinhando que o seu país vai entrar, nos próximos três meses, numa fase critica, o ministro dos estrangeiros iraquiano, Hoshyar Zebari, fez um apelo para a concessão de mais ajuda por parte da comunidade internacional.

'O Iraque orgulha-se de estar ao lado das nações mundiais como um país que apoia os valores da carta da ONU. Todavia o Iraque constitui um exemplo de êxito ou de fracasso. Conhecemos o caminho para o futuro, mas necessitamos da vossa ajuda. Necessitamos da ajuda de cada nação membro e desta organização para vencer esta batalha. Ou nos unimos ... ou perdemos todos ...'

Na intervenção perante o Conselho de Segurança, Zebari apelou as Nações Unidas para assumirem um papel mais visível, em particular no referendo constitucional do próximo mês.

Zebari aludiu ao aumento da violência antes do referendo por parte de uma aliança do que denominou de “extremistas estrangeiros e rufiões do regime antigo", e acusou abertamente a Síria de recusar em suster a onda de combatentes estrangeiros que se infiltram no Iraque para se juntarem aos rebeldes.

Lamentavelmente, acrescentou o governante iraquiano, a maior parte dos combatentes estrangeiros e dos terroristas infiltram-se a partir da Síria, e o governo sírio não tem demonstrado cooperação sincera para nos ajudar a por termo a este trafego.

O vice-embaixador de Washington junto da ONU, Anne Patterson afirmou perante o conselho que a força multinacional liderada pelos Estados Unidos, cada vez mais assistida pelas forças iraquianas esta a aumentar as iniciativas para controlar a fronteira entre o Iraque e a Síria, tendo apelado aos países vizinhos para cooperarem na iniciativa.

'... A comunidade internacional, em particular os países vizinhos, e em especial a Síria, devem efectuar muito mais para por termo a entrada no Iraque de terroristas estrangeiros, e atrasar as iniciativas para estabilizar e garantir a segurança do país...'

O enviado sírio junto da ONU, desmentiu categoricamente as acusações do Iraque e dos Estados Unidos, tendo o embaixador Mekdad afirmado que a Síria colocou mais de dez mil soldados ao longo da fronteira e construiu uma vedação para impedir a travessia dos extremistas.

O embaixador Mekdad defendeu igualmente a decisão da Síria de não ter enviado um representante de alto nível a cimeira da semana passada. O encontro realizou-se na altura que um investigador da ONU estava a estudar o possível envolvimento sírio no assassinato do antigo primeiro ministro Rafik Hariri.

Inquirido pelos jornalistas sobre as razoes por que a Síria fora o único dos 191 estados membros a não participar na cimeira, o embaixador Mekdad limitou-se a responder que as pessoas escutaram muitos discursos e que não desejavam ser repetitivos.

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