Links de Acesso

Parar a distribuição alimentar de emergência


A Coreia do Norte ordenou as agencias de ajuda internacional para pararem a distribuição alimentar de emergência ate final deste ano, o que poderá afectar as iniciativas de verificação da situação no seio da nação empobrecida.

O programa alimentar mundial – vulgo PAM – tem procedido à distribuição de alimentos de emergência a Coreia do Norte desde que Pyongyang solicitou, em 1995, assistência para ajudar a suster a fome.

Agora, segundo o porta voz do PAM, Pyongyang deu instruções a agencia para acabar com a ajuda.

'Após dez anos após assistência de emergência, dizem-nos para parar ... as coisas melhoraram em termos da situação humanitária, e estão a receber alimentos de outras proveniências ...'

A outra proveniência, esclareceu o mesmo porta voz, são essencialmente a China e a Coreia do Sul, que procedem a transferencia regular de grandes quantidades de alimentos directamente para o governo norte coreano, com pouca ou nenhuma fiscalização para onde acaba por ir.

Há poucos meses, o PAM fizera apelos urgentes para maior ajuda a fim de alimentar quase seis milhões de crianças, a grávidas e pessoas idosas, e o porta voz sublinha que tal assistência irá acabar em Janeiro.

Agencias de ajuda referem que a Coreia do Norte deixou claro desejar menos fiscalização dos alimentos, que o PAM sustenta que chega aos mais necessitados. Grupos de direitos humanos consideram que as transferencias de alimentos sem serem controlados permite a Pyongyang alimentar os militares e a elite política, enquanto grandes sectores da população passam fome.

A Coreia do Norte indicou as agencias para mudarem, a partir de Janeiro, as atenções para a assistência ao desenvolvimento, o que não se sabe exactamente o que significa, mas que deverá ser a produção de mais alimentos.

Responsáveis da agencia estão de acordo em que isso significará menor numero de pessoas a fiscalizar para onde os alimentos vão no país estalinista.

A economia da Coreia do Norte desceu rapidamente no inicio dos anos noventa, após a antiga União Soviética e outros governos outrora comunistas terem deixado de enviar assistência, provocando faltas de combustível e de sobressalentes. Seguiram-se vários anos de mau tempo e de redução das culturas.

O resultado foi, sustentam muitos especialistas, terem morrido – de fome e de doença - mais de um milhão de pessoas. A ajuda aliviou as lacunas, mas milhões de pessoas ainda se encontram mal alimentadas.

XS
SM
MD
LG