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Muitas das reformas propostas foram abandonadas


O secretário geral da ONU, Kofi Annan afirmou que muitas das reformas propostas, e que estiveram em debate durante meses, foram abandonadas para que fosse possível chegar a um acordo.

‘Sejamos honestos connosco, e para com as populações das Nações Unidas ... ainda não conseguimos alcançar a reforma radical e fundamental que eu - como muitos outros - acreditamos seja necessária. Profundas divergências, algumas delas legitimas, contribuíram para a situação.’

Annan sublinhou existir um punhado de sucessos como a criação de um conselho para os Direitos Humanos e a criação de uma comissão para a construção da paz, mas não foi obtido acordo sobre a definição de terrorismo ou a não proliferação e o desarmamento, ... por que foram assumidas determinadas atitudes.

Registaram-se igualmente alterações de ultima hora na linguagem do documento, muitas delas apresentadas pelo embaixador dos Estados Unidos, John Bolton.

As alterações introduzidas pelo embaixador Bolton reflectiram o desacordo de princípios entre os países, sobre a forma como a ONU está estruturada, e como deve operar.

Michael Hawes, professor da Universidade de Georgetown, pensa que o embaixador Bolton pretende obter reformas genuínas.

‘Não existem duvidas de que a nomeação do embaixador Bolton para o ONU não foi popular no seio da comunidade diplomática, mas penso que aquilo que fez até agora foi o demonstrar que procura alterações positivas dentro da organização.’

Os analistas acrescentam que toda a gente, desde Bolton a Kofi Annan deseja a reforma da ONU, e que a ausência de acordo significa que as propostas, incluindo o alargamento do conselho de segurança, não vão ser postas em prática.

No inicio do século vinte e um, os dirigentes mundiais encararam o motor económico da globalização como uma forma de retirar milhões de pessoas da situação de pobreza. Na ONU, responsáveis elaboraram um plano ambicioso de 15 anos contendo prioridades destinadas a melhorar a vida das populações mundiais pobres.

‘Temos de definir as nossas prioridades e temos de adaptar as Nações Unidas para que no futuro tais prioridades venham a reflectir-se em decisões claras que levem a mudança da vida das populações. Isto é aquilo que as pessoas esperam de nos, não os desapontemos.’

Todavia, e apenas cinco anos depois o relatório sobre desenvolvimento humano sustenta que os objectivos já se encontram em risco.

Os objectivos do Milénio incluíam a redução a metade da proporção de pessoas vivendo em pobreza extrema, a redução em dois terços da mortalidade infantil e suster o alastramento da SIDA.

Responsáveis da ONU consideram ser necessário mais fundos e alterações significativas de organização para que a iniciativa volte a funcionar, mas e até mesmo se forem adoptadas reformas trata-se de uma enorme batalha face da expansão rápida da população nos locais mais pobres do mundo.

Noventa e nove por cento do crescimento mundial da população está localizada nos países em desenvolvimento, o que impede as diligencias para aumentar os índices de vida.

O relatório de desenvolvimento humano analisa as consequências da pobreza global, alertando para o crescendo do fosso entre os ricos e os pobres.

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