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O Irão se possa tornar numa potência nuclear


Um novo relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos em Londres que poderá levar anos até que o Irão se possa tornar numa potência nuclear.

Gary Samore, um dos autores do estudo e que foi conselheiro para a segurança do antigo presidente Bill Clinton, falou a VOA sobre as conclusões.

“Os iranianos tem-se confrontado com uma serie de diferentes problemas na produção de hexafluorido de urânio e na instalação e teste de maquinas centrifugas; e com base nisso pensamos que o Irão levarão pelo menos cinco anos a produzir urânio suficiente para produzir uma única bomba atómica se tomar uma decisão política nesse sentido.”

Samore afirmou que poderá levar ao Irão pelo menos uma década ou 15 anos para desenvolver uma capacidade nuclear plena.

Do conhecimento quase geral que uma estimativa dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, não publicada, aponta que o Irão está a 10 anos de construir uma bomba atómica.

O Irão insiste que o seu programa destina-se apenas a fins pacíficos, mas tem reconhecido uma longa historia de trabalhos não declarados.

A Agencia Internacional e Energia Atómica, que tem estado a investigar a vários anos as actividades nucleares do Irão, afirma não estar em posição de dar garantias ao mundo de que o programa nuclear de Teerão seja pacifico.

O governo dos Estados Unidos acusa o Irão de paralisar as negociações sobre o seu programa nuclear com países europeus e Samore concorda, dizendo que a bola esta do lado de Teerão.

“Há dois anos e meio os iranianos estavam muito nervosos de entrarem na lista negra de Washington depois do Iraque e estavam muito preocupados de que o assunto fosse levado ao Conselho de Segurança da ONU e como consequência disso estavam dispostos a aceitar uma serie de limitações no seu programa nuclear. Julgo que isso se dissipou e penso que actualmente o Irão calcula estar numa posição mais forte porque os Estados Unidos estão envolvidos numa situação difícil no Iraque e porque a situação no mercado petrolífero reduz o risco de fortes sanções económicas internacionais.”

Os Estados Unidos disseram que o mais recente relatório sobre o Irão da Agencia Internacional de Energia Atómica apoia as preocupações de que o Irão está a desenvolver um programa de armas nucleares.

Um destacado diplomata dos Estados Unidos baseado em Viena de Áustria, que pediu para não ser mencionado, disse a VOA que “se o Irão não suspender a conversão de urânio, não coopere com a Agencia Internacional de Energia Atómica e não regressar a mesa das negociações, os Estados Unidos apoiarão os europeus no encaminhamento do assunto ao Conselho de Segurança da ONU.”

Mas a Rússia, que tem poder de veto no Conselho de Segurança, afirmou que se oporia a uma tal movimentação nesta fase. Alguns dos 35 países membros da direcção da Agencia Internacional de Energia Atómica estão também convencidos de que o caso do Irão seja urgente e o novo relatório do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos parece apoiar essa posição.

A direcção da Agencia Internacional de Energia Atómica reúne-se no dia 19 de Setembro em Viena de Áustria para decidir qual a acção a tomar contra o Irão.

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