Links de Acesso

Poder para expulsar ou impedir a entrada a pregadores islâmicos radicais


A lista publicada pelo ministério do Interior aplica-se a todos aqueles que não sejam britânicos e que fomentem, justifiquem ou glorifiquem a violência terrorista, através de textos ou de voz.

O secretario do Interior, Charles Clark, sustenta necessitar de poder para expulsar ou impedir a entrada a pregadores islâmicos radicais, na sequência dos ataques terroristas de 7 de Julho que mataram 52 pessoas e os quatro bombistas suicidas.

'Tenho obrigação particular em impedir o acesso ao nosso país de indivíduos que podem levar os jovens a comportar-se da forma ultrajante a que assistimos em Julho. Temos de assegurar que aqueles que fomentem, justifiquem, glorifiquem o terrorismo não possam entrar no nosso país.'

Clarke acrescentou que os poderes especiais não se destinam a suprimir o direito de expressão ou o debate legitimo sobre religião e outros temas, mas que se tornam necessários por que a ameaça terrorista continua a ser uma realidade importante.

O anuncio de Clarke obteve comentários na sua maioria favoráveis por parte dos dirigentes políticos britânicos, embora alguns activistas dos direitos humanos, e dirigentes da comunidade muçulmana sustentem recear que os poderes possam ser objecto de abusos.

Eric Metcalf, director da organização de direitos legais, Justiça

'Imaginem como se possa ter uma discussão, com depoimentos a favor e contra o terrorismo, e um dos lados tente explicar o terrorismo. O que possa parecer explicação de uma pessoa, pode facilmente parecer uma justificação para qualquer outro.'

O director da Comissão de Assuntos Públicos Muçulmanos, Asghar Bukhari afirmou a televisão britânica ponderar se Clarke vira a usar os poderes apenas contra estrangeiros que advoguem ataques na Inglaterra, ou igualmente contra aqueles que apoiem bombistas suicidas palestinianos em Israel.

O anuncio de Clarke segue-se a directiva, do inicio do mês, de deportar dez estrangeiros detidos como sendo ameaças à segurança nacional. Estes casos encontram-se agora em fase de apelação.

A Inglaterra proibiu a re entrada de Omar Bakri Mohammed, um clérigo muçulmano nascido na Síria, e desde há muito residente em Londres, que deixara a Inglaterra após ter dito numa entrevista que não informaria a policia se tivesse conhecimento de uma outra campanha bombista muçulmana.

XS
SM
MD
LG