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O aumento da população mundial


O relatório do Bureau de Pesquisa Populacional com sede em Washington revela que o aumento da população mundial deve-se em parte as altas taxas de fertilidade nos países mais pobres.

As mulheres no Niger, lideram mundialmente a lista, com uma média de oito filhos. Nos países da Ásia Central e do Sul, a taxa de fertilidade atinge os três ponto dois. O aumento populacional em África, e partes da Ásia, contribui sobremaneira para o crescimento populacional a nível global, estimado em dois ponto sete crianças por mulher.

Entre os países abaixo desses níveis, encontra-se a Tailândia e a China, onde duas décadas de políticas governamentais tendentes a conter o crescimento populacional, tiveram reflexos ao nível da taxa de fertilidade fixada em um ponto seis crianças por mulher, números que se equiparam aos das nações desenvolvidas.

Na Europa, a taxa de fertilidade decaiu de tal forma, a ponto de se prever que aquele continente venha a ser a região do planeta com menos população quando se atingir o ano 2050.

Carl Haub, do Bureau de Referencia da População diz que por exemplo na Polónia, a taxa de fertilidade caiu para um ponto dois filhos por mulher.

‘Ninguém nunca pensou que esses países teriam uma tão baixa taxa de fertilidade, sem fazerem face à guerra ou a outras calamidades. Mas isso tornou-se crónico em toda a Europa e não existem sinais de mudança, nem sinais do aumento da taxa de fertilidade.’

Carl Haub salienta ainda que uma baixa taxa de natalidade pode afectar as nações de economias solidas, através da redução do numero de mão de obra activa.

Os Estados Unidos lideram, no grupo das nações industrializadas, com uma taxa de fertilidade definida em dois filhos por mulher, um quadro bastante elevado e que garante à partida a reposição da força activa de trabalho.

O estudo sobre a população mundial revela ainda que a taxa de fertilidade tem um significativo impacto a longo termo, nos estudos sobre as tendências populacionais globais, isto porque o facto das altas taxas de fertilidade registarem-se nos países pobres e nas regiões rurais do mundo, acabam por dificultar a recolha dos dados.

Carl Haub cita a titulo de exemplo, o relatório de 2005 sobre o crescimento populacional em África, que foi baseado em estudos recentes considerados mais credíveis e acabaram por obrigar os investigadores a alterar as projecções.

‘Existem duas coisas chaves em África: a fertilidade não tem estado a diminuir tão rápido quanto imaginávamos, e por conseguinte a Sida pode não ser tão devastador para alguns países do continente africano.’

Um recente estudo revela que a taxa de infecção pelo vírus HIV pode não ser, em alguns países tão alto como se chegou a prever por alguns estudos anteriores.

Carl Haub é da opinião que a pandemia da Sida continua representando um tremendo problema para o continente, mas que estudos recentes indicam que em vários países africanos, a taxa de infecção tem estado a reduzir. Por outro lado, os dados mais actualizados mostram que a fertilidade continua sendo alta nas nações da África Subsaariana, com uma taxa de cinco filhos por mulher.

O relatório sobre o crescimento populacional mundial dá ainda conta que até o ano 2050, a população mundial conhecerá um aumento de 43 por cento, seja para os nove ponto dois mil milhões de pessoas.

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