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Equipas de soldados desarmados foram de porta em porta, retirando pela força os colonos para autocarros que os transportaram para fora de Gaza


Gritos e tensão ... este foi o género de recepção que as forças de segurança receberam quando entraram em Neve Dekalim – o maior aldeamento da Faixa de Gaza.

Um colono, segurando a filha, levantou-a no ar em frente à formação de soldados, gritando para eles, inquirindo se vinham para o desalojar da sua casa. Um dos militares dialogou brevemente com o homem, mas outros permaneceram impávidos à medida que avançavam.

Neve Dekalim era considerada com sendo um potencial ponto de problemas. Centenas de colonos, apoiados por centenas de jovens activistas que se opõe à retirada e que se tinham infiltrado na área, prometeram resistir.

Mesmo assim, equipas de soldados desarmados foram de porta em porta, retirando pela força os colonos para autocarros que os transportaram para fora de Gaza.

Soldados tiveram escaramuças com alguns dos manifestantes mais violentos que lançaram ovos e agua contra os militares. Dezenas de extremistas foram detidos, e metidos em autocarros que os transportaram para fora da área.

Num outro local difícil, Morag, alguns colonos subiram aos telhados e manifestantes ergueram barricadas com contentores de lixo e pedras para tentarem impedir a entrada dos militares.

Após ter forçado a entrada, os militares depararam com cenas similares de colonos implorando, chorando e recusando-se a sair.

Uma jovem colona dizia a uma mulher soldado não poder compreender o que os militares estavam a fazer. Dizia a jovem que não era o inimigo, mas a irmã, e a mulher soldado respondia ... como irmã desejo que isto decorra sem violência.

Os militares entraram noutros colonatos, no enclave de Kerem Atzmona, dezenas de colonos resistiram às tentativas de despejo, chamando “nazis” aos soldados e gritando que judeus não expulsam judeus.

Quando esta fase crucial da evacuação era iniciada, o primeiro ministro Ariel Sharon fazia um apelo aos colonos e seus apoiantes para não recorrerem à violência ...

Sharon apelou aos colonos para não recorrerem à violência física ou verbal contra os militares e a policia que foram enviados para os desalojar das suas residências.

Denominou as cenas de evacuação como sendo desoladoras, mas sublinhou que mal grado a dor do desalojamento, Israel irá sair mais forte desta situação.

Segundo o plano de retirada de Sharon, cerca de nove mil colonos serão evacuados da totalidade dos 21 colonatos na faixa de Gaza e de quatro outros na região norte da Cisjordania.

Para alem dos colonos que desafiaram a decisão, os soldados enfrentam a resistência de milhares de religiosos e de militantes nacionalistas que se infiltraram em Gaza a partir de Israel e em alguns colonatos da Cisjordania.

Cerca de 50 mil soldados e policias participam na operação tendo por objectivo remover os colonos e os manifestantes e manter segurança contra actos de violência tanto de extremistas judeus bem como por parte de militantes palestinianos.

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