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Bush Quer Mil Milhões de Dólares para Combater Malária em África


O presidente Bush anunciou que irá pedir ao Congresso americano mais de mil milhões de dólares para o combate à malária em África. Bush propôs também o aumento dos fundos destinados a ajudar a educar e proteger a mulher africana.

Numa altura em que se prepara para participar na Cimeira dos G-8 deste ano, o presidente falou de África.O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, que é o anfitrião da cimeira deste ano, espera que os G-8 adoptem uma grande iniciativa de ajuda. O presidente Bush tornou claro que apoia o objectivo de ajudar o desenvolvimento, mas adianta que tem os seus próprios planos em como faze-lo.

Bush afirma que a ajuda tem que estar relacionada às reformas com o objectivo final de promover o desenvolvimento, o comércio e a boa governação: ”Tudo isso se destina a ajudar os povos africanos a ter uma vida melhor e, eventualmente, a ultrapassar a necessidade de ajuda. A América está a ajudar nestas áreas porque partilha com os líderes africanos uma visão daquilo em que o continente se pode transformar”.

Num discurso proferido em Washington, George Bush sublinhou que a ajuda americana a África triplicou desde que assumiu a presidência, devido, em larga medida, aos novos esforços americanos para combater a SIDA e em fornecer verbas a países que ponham em prática certas reformas.

Bush disse que a próxima cimeira a realizar na Escócia, reunindo os líderes dos EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Canadá, Japão e Rússia, irá pressionar no sentido de ser aumentada a ajuda internacional a África em três áreas específicas.

Bush adiantou que perto de um milhão de pessoas morreram de malária, no ano passado, na sua maioria crianças pequenas. O presidente sublinhou que o combate à malária deve ser uma prioridade: ”Exorto os países desenvolvidos e as fundações privadas a unirem-se numa campanha alargada e agressiva para reduzir para a metade a taxa de mortalidade em África . Os EUA estão dispostos a liderar”.

Bush anunciou que vai pedir ao Congresso dos EUA para financiar aquela iniciativa com 1,2 mil milhões de. dólares .A partir do próximo ano, três países serão beneficiados: Angola, a Tanzânia e o Uganda. O programa será gradualmente alargado a outros países.

Bush anunciou também que vai duplicar o orçamento dos programas americanos destinados a promover a educação em África, adiantando que 400 milhões de dólares serão consagrados ao longo de quatro anos para treinar meio milhão de professores e para criar bolsas de estudo para 300 mil jovens, na sua maioria raparigas.

Adicionalmente, o presidente disse que irá ajudar os países africanos que queiram melhorar a protecção legal da às mulheres contra violência e abuso sexual: ”Peço ao Congresso para fornecer 55 milhões de dólares durante três anos para promover a justiça e os direitos de cidadania na nações africanas pobres, nações que constituem um exemplo para as outras. Exortamos as outras nações do G-8 para que protejam as vidas e os direitos das mulheres em África”.

O presidente Bush tem resistido a apelos para aderir à proposta britânica para aumentar substancialmente a ajuda a África, permitindo que os países africanos obtenham fundos com base nos mercados de capital globais, em compromissos a longo prazo. Bush afirma que este mecanismo não é compatível com as leis que regulamentam o orçamento americano e que impedem que um presidente faça transitar despesas do seu mandato para o seu sucessor.

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