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Aconselhar a NASA


O painel de especialistas tem por missão aconselhar a NASA sobre o progresso na eliminação das causas do acidente com a Columbia, e fazer regressar em segurança ao espaço, as restantes três naves espaciais.

O co presidente da comissão, o antigo astronauta Richard Covey, referiu que a agencia embora não tenha cumprido com a totalidade dos requisitos de segurança definidos, há dois anos atrás, pelos investigadores do acidente, tem trabalhado bem.

'As iniciativas adoptadas pela agencia tem sido extraordinárias. Tenho conhecimento disso através dos nossos relatórios e das conversas que temos tido com a própria NASA, sabemos o que muito trabalho que tem sido feito no esforço, dos dois últimos anos, para voltar a voar ...'

A nave Columbia desintegrou-se após um pedaço de isolamento plástico ter se descolado, durante a fase de lançamento, do enorme tanque externo de combustível, e provocou um buraco na asa. Este buraco possibilitou que gases extremamente quentes gerados com a re entrada na atmosfera penetraram e destruíram o vaivém e mataram os seus sete astronautas antes da aterragem.

O membro do painel, James Adamson, adianta que a NASA eliminou quase totalmente as hipóteses de que o isolamento possa voltar a descolar-se do tanque externo de combustível, mas não está segura da forma como evitar que gelo causado pelo hidrogénio liquido frigido e do combustível de oxigénio possa partir durante o lançamento e danificar a nave.

"Embora exista uma margem entre o que é possível em desperdício e a capacidade da nave de resistir aos impactos, pensamos que as causas próximas dos danos sofridos pela Columbia foram sem duvida eliminadas."

Em resultado disso, Adamson acrescenta que a NASA reduziu significativamente a possibilidade de ter de adoptar técnicas que desenvolveu para inspeccionar e reparar, em orbita, uma nave. Tal torna-se importante por que o painel acredita que a NASA não está preparada para uma reparação em voo. A agencia atrasou-se nas recomendações dos investigadores em encontrar forma como os astronautas possam reparar, em orbita, pequenas fissuras e buracos nas telhas de cerâmica protectoras de calor, bem como noutras partes da superfície da nave.

Joseph Cuzzopoli, um veterano da equipa que levou uma década a desenvolver as telhas, nos anos setenta, considera não ser de surpreender a ausência de progresso nos métodos de reparação. Tentar reparar uma telha é tão difícil como começar do principio, e muito difícil de o fazer num prazo de dois anos.

A comissão precisa que o seu papel não reside em avaliar se o shuttle está pronto para voltar a voar, mas sim em fornecer observações para que a NASA possa assumir uma tal decisão.

Em resumo, a agencia espacial cumpriu com 95 por cento das recomendações dos investigadores no que diz respeito a melhorias de segurança.

Dirigentes da NASA reúnem ainda esta semana para adoptar uma decisão formal sobre o estado de prontidão da Discovery para o lançamento a 13 de Julho próximo.

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